Skaf questiona critérios de Doria na reabertura em SP: "falta embasamento"

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, criticou hoje o plano de reabertura anunciado ontem pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O projeto manteve as cidades da Grande São Paulo em um grau de isolamento mais rígido, enquanto a capital foi colocada em um patamar de flexibilização durante a pandemia do coronavírus.
Em entrevista à CNN Brasil, Skaf comemorou o início de uma retomada da economia, mas questionou os critérios que deixaram os municípios vizinhos a São Paulo com uma quarentena mais fechada.
"Foi um passo, houve avanço no sentido de reconhecer que o método antigo de tratar tudo de forma horizontal num estado com 645 cidades, 645 histórias diferentes. Fica a grande dúvida de qual critério levou 38 municípios a terem que permanecerem como estão. Me parece que falta embasamento técnico para justificar isso, porque eu conheço a situação de alguns desses municípios e tenho conversado com prefeitos que mostram que não caberia continuar com essa situação", disse.
Skaf, que foi candidato a governador contra Doria pelo MDB em 2018, mas não chegou ao segundo turno das eleições, disse também que o plano do governo estadual é falho na área dos transportes públicos.
"Eu não vi e sinto falta nesse programa dos protocolos para o estado e para o município de São Paulo no que diz respeito por exemplo a transporte público. Eu gostaria de saber com essa abertura da cidade de São Paulo, que é positiva, qual vai ser o aumento de trânsito, de pessoas que dependam de transporte público, ônibus e metrô. Quantos carros a mais de ônibus vão entrar em circulação? Quantos carros a mais de metrô, vai aumentar a velocidade do metrô para aumentar a circulação? Eu não ouvi nada sobre isso e é importantíssimo", afirmou.
O presidente da Fiesp ainda fez críticas à condução estadual da economia no período da pandemia. "Aqui não houve nenhum adiamento de imposto. Pelo contrário, quem deixou de pagar ICMS levou multa e juros. Imagine em uma pandemia deixar de pagar impostos e ainda pagar juros. Em alguns momentos, faltou sensibilidade", afirmou.
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