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Covid: Brasil tem 317 óbitos em 24 h e 8 estados em alta na média de mortes

Aglomeração na região da Rua 25 de Março, centro de comércio popular em São Paulo - Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo
Aglomeração na região da Rua 25 de Março, centro de comércio popular em São Paulo Imagem: Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/11/2020 18h19Atualizada em 30/11/2020 20h42

O Brasil registrou 317 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo um total de 173.165 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, oito regiões apresentaram tendência de aceleração na média móvel de mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Em todo o país, de ontem para hoje foram registrados 22.622 novos casos da doença, com um total de 6.336.278 testagens positivas para o novo coronavírus desde o começo da pandemia.

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 287 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, houve 173.120 óbitos provocados pela doença em todo o país desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas, houve 21.138 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. Desde o começo da pandemia, o total de infectados subiu para 6.335.878.

Segundo a pasta, 5.601.804 pessoas se recuperaram da doença, com 560.954 outras em acompanhamento.

Oito estados em aceleração

A média móvel de mortes, calculada com base nas mortes diárias dos últimos sete dias, é de 518 — o que representa estabilidade (-7%) em relação aos últimos 14 dias.

Oito estados apresentaram tendência de alta, enquanto onze e o Distrito Federal tiveram queda. Sete foram os estados em estabilidade.

Entre as regiões, Centro-Oeste (-49%) foi a única a apresentar queda, enquanto o Sul (18%) apresentou aceleração. Nordeste (8%), Norte (12%) e Sudeste (12%) se mantiveram estáveis.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (55%)

  • Minas Gerais: queda (-24%)

  • Rio de Janeiro: estável (-1%)

  • São Paulo: queda (-16%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (80%)

  • Amazonas: aceleração (33%)

  • Amapá: estável (-6%)

  • Pará: estabilidade (2%)

  • Rondônia: aceleração (50%)

  • Roraima: queda (-50%)

  • Tocantins: queda (-38%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-22%)

  • Bahia: estabilidade (-4%)

  • Ceará: aceleração (206%)

  • Maranhão: estabilidade (-4%)

  • Paraíba: queda (-22%)

  • Pernambuco: aceleração (22%)

  • Piauí: queda (-37%)

  • Rio Grande do Norte: queda (-22%)

  • Sergipe: aceleração (71%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-23%)

  • Goiás: queda (-50%)

  • Mato Grosso: queda (-64%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-26%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (4%)

  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-8%)

  • Santa Catarina: aceleração (111%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.