Butantan diz negociar exportação da CoronaVac para países da América Latina
O Instituto Butantan está negociando a possibilidade de exportar a CoronaVac, vacina contra a covid-19 produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, para países da América Latina. Dimas Covas, diretor da instituição, esteve na Argentina na semana passada.
"Existem, sim, planos. Não apenas planos, mas inclusive negociações em curso. O Butantan, junto com a Sinovac, ofereceu ao Ministério da Saúde 100 milhões de doses até maio. Ao mesmo tempo foram anunciados 40 milhões adicionais para toda a América Latina", afirmou Covas, em coletiva de imprensa no instituto nesta terça (10).
Segundo ele, há um protocolo inicial de intenções de fornecimento de 10 milhões de doses com o país vizinho, caso a vacina não seja anexada pelo governo ao PNI (Plano Nacional de Imunização). Nenhum acordo foi assinado ainda.
"Temos pleito semelhante do Peru, Uruguai, Honduras, Paraguai e da Organização Pan-Americana da Saúde, que abriu concorrência e solicitou propostas com preço definido. Estamos preparando documentação para oferecer. Temos essa possibilidade muito próxima de acontecer", afirmou o diretor.
O Butantan, vinculado ao governo de São Paulo, começou a produzir a Coronavac nesta terça. A fábrica deverá alcançar, gradativamente, até 1 milhão de doses por dia, embora o imunizante ainda não tenha a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser usado no Brasil.
Segundo o governador João Doria (PSDB), outros 11 estados brasileiros e 912 municípios se manifestaram formalmente para receber parte das quatro milhões de doses da vacina previstas no plano estadual de imunização para distribuição nacional.
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