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Pazuello diz negociar para ter outras 5 vacinas contra covid à disposição

Hoje, o Brasil conta com a CoronaVac e a vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Universidade de Oxford Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

05/02/2021 15h46Atualizada em 05/02/2021 16h09

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou hoje em evento na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que o governo federal segue trabalhando para ter outras cinco vacinas contra a covid-19 à disposição do Plano Nacional de Imunização. Atualmente, o Brasil conta com a CoronaVac e com o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford junto à AstraZeneca.

"Continuamos avançando com negociações com outros laboratórios, como a Janssen, a Pfizer, a Precisa, a Bharat Biotech e a Sputnik V, da Rússia. Todas elas estão na prateleira de negociações. Tivemos reunião no Ministério [da Saúde] com representantes da produção da Sputnik. Estamos discutindo a sua entrega e preços. Hoje à tarde, agora, estamos em reunião com a Bharat Biotech, que é indiana. Essas duas vacinas representam a possibilidade em fevereiro e março de mais 30 milhões de doses", afirmou o ministro.

A importação de doses das vacinas não é suficiente para o seu uso em território nacional. Os imunizantes precisarão passar por análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O ministro celebrou o lançamento do edital de licitação para construção do CIBS (Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde) da Fiocruz, publicado hoje. O empreendimento será o maior centro de fabricação de produtos biológicos da América Latina. Com o novo complexo, a Fiocruz terá capacidade para aumentar em quatro vezes a produção de vacinas e biofármacos atual.

"Se havia dúvida em relação à importância da autossuficiência da produção de IFAs [Ingredientes Farmacêuticos Ativos] e vacinas, a pandemia colocou essas contestações por terra. Graças ao SUS [Sistema Único de Saúde] conseguimos fazer frente à pandemia. O Ministério tem orgulho desse lançamento", disse.

"Indireta" ao negacionismo

Já a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, falou sobre o reconhecimento à ciência e sobre a importância de se estabelecer uma "agenda tecnológica". A fala dela, feita de frente para Pazuello, foi interpretada pelos presentes como uma indireta às posturas negacionistas e contestações à eficácia dos imunizantes feitas por membros do governo federal.

"É hora de nos prepararmos para ter um país com visão de desenvolvimento. É o momento de pensarmos em uma grande agenda de tecnologia e ciência para a saúde. Ciência não pode ser pensada como custo, mas como investimento social. Quero reafirmar o compromisso da Fiocruz, diante da situação de emergência que vivemos. Teremos que estar ainda mais preparados daqui em diante e, por isso, precisamos pensar nessa agenda de desenvolvimento", defendeu.

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