TV: Após 'não' de Ludhmila, Bolsonaro se reúne com médico Marcelo Queiroga
Do UOL, em São Paulo
15/03/2021 16h33Atualizada em 15/03/2021 16h48
Depois de receber um "não" de Ludhmila Hajjar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu hoje com o médico cardiologista Marcelo Queiroga, segundo informações divulgadas pela GloboNews. Já no fim de semana, Queiroga aparecia entre os nomes cotados para assumir o Ministério da Saúde, substituindo o general Eduardo Pazuello.
Atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Queiroga tem bom trânsito em Brasília e no governo, tendo sido convidado este ano para integrar a direção da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Além de Queiroga, o médico cardiologista José Antonio Franchini Ramires e o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ) também estão entre os nomes atualmente considerados pelo governo. O primeiro é professor titular do Incor (Instituto do Coração) de São Paulo e teria sido indicado ao presidente por sua ala ideológica.
Quem é Marcelo Queiroga
Queiroga é graduado em Medicina pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). É especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal. Atualmente, dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também na Paraíba.
Assim como Ludhmila Hajjar, recebida ontem pelo presidente, Queiroga defende o isolamento social como forma de combate à pandemia. Ele também já se posicionou contrário ao "tratamento precoce" defendido por Bolsonaro à base de cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra a covid-19.
De perfil técnico, Queiroga atuou na equipe de transição do governo de Michel Temer (MDB) para Bolsonaro no fim de 2018. Em setembro do ano passado, encontrou-se com o presidente no Planalto e chegou a publicar uma foto com ele.
"Doenças cardiovasculares lideram todas as estatísticas de mortalidade no Brasil e no mundo. O presidente Jair Bolsonaro tem atenção especial a esse cenário. Em audiência no Palácio do Planalto, tratei com o presidente sobre as ações da Sociedade Brasileira de Cardiologia no enfrentamento às doenças do coração", escreveu à época.
(Com Estadão Conteúdo)