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Governo do Rio fala em chance de nova onda causada por variante delta

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Imagem: iStock

Lola Ferreira e Igor Mello

Do UOL, no Rio

18/08/2021 12h28

O governo do estado do Rio de Janeiro avalia que há chance de uma nova onda da covid-19 ser causada pela expansão da variante delta no estado.

A informação consta em documento em que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) responde a questionamentos da Defensoria Pública do Estado a respeito da organização da pasta para o enfrentamento da covid-19, como monitoramento de novos casos, testagem e preparação da rede hospitalar. O ofício foi revelado pelo site G1 e também obtido pelo UOL.

Segundo a SES, é necessário o aumento no número de leitos para pacientes com covid-19 na rede estadual, "ante o possível enfrentamento de uma nova onda de contágio da COVID-19".

Em resposta à Defensoria, a SES afirma que "de acordo com as últimas notícias sobre a aparição de CEPAS mais contagiosas, como a variante Delta, cuja disseminação se mostra mais rigorosa, a Administração Pública entende que, permanece a necessidade de criação de estratégias, como a reserva técnica, para o aumento da capacidade de leitos de UTI ADULTO, TIPO II E LEITOS DE ENFERMARIA CLÍNICA, com o fim de otimizar o sistema de regulação e acolher o paciente de forma humanizada".

O órgão informa que está fazendo a contratação de cem leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e outros 50 de enfermaria por meio de um chamamento público.

Nesta segunda-feira (16), relatório da SES informou que 60,3% das amostras de pacientes contaminados com o novo coronavírus no estado já são causadas pela variante delta —que já se tornou hegemônica no Rio.

O levantamento foi feito por meio da rede de vigilância genômica do estado —que faz o sequenciamento genético dos vírus para acompanhar a circulação das diferentes cepas da covid-19.

De acordo com o painel de monitoramento da SES, o estado do Rio de Janeiro já tem 60.771 mortos e 1.088.188 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia. A taxa de ocupação de leitos está em alta há três semanas e atualmente é de 69,9% para UTI e 46% para enfermaria.