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Ministério da Saúde reduz intervalo da dose de reforço para 4 meses

Estados já estavam aplicando dose de reforço após quatro meses da segunda dose - Caio Rocha/Framephoto/Estadão Conteúdo
Estados já estavam aplicando dose de reforço após quatro meses da segunda dose Imagem: Caio Rocha/Framephoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo e no Rio

18/12/2021 15h50Atualizada em 20/12/2021 14h03

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a redução do intervalo para a dose de reforço contra a covid-19. Agora, todos os adultos podem tomar a terceira dose a partir de quatro meses após a segunda dose. Antes, o intervalo era de cinco meses.

A informação foi divulgada por Queiroga nas redes sociais. Alguns estados, no entanto, já haviam anunciado essa redução e estavam aplicando a dose de reforço após esse período.

São Paulo, por exemplo, pratica esse intervalo desde o início de dezembro e Minas Gerais anunciou ontem a redução no período para aplicar a dose de reforço.

De acordo com o chefe da Saúde, a decisão foi tomada para ampliar a proteção contra a variante Ômicron. "A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco", disse.

O ministro afirmou que na segunda-feira (20) será publicada uma portaria com a modificação do intervalo. Além disso, Queiroga recomendou que a população se atualize sobre o calendário de cada município

Decisão sobre vacinação em crianças em janeiro

Também hoje, Queiroga anunciou que fará uma audiência pública em 4 de janeiro para discutir a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a covid-19, já autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) há dois dias.

A decisão final, segundo o ministro, será divulgada no dia seguinte, em 5 de janeiro.

"No dia 22 de dezembro, a CTAI [Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19] vai oferecer suas opiniões, seu documento técnico, e a secretária [extraordinária de enfrentamento à Covid] Rosana Leite de Melo vai colocar esse documento para apreciação em uma consulta pública com toda a sociedade brasileira", disse.

Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de 48 horas para que o governo federal apresente a complementação do PNI para incluir o público infantil, com detalhes sobre o início e o fim da campanha de vacinação das crianças.

O cronograma, definiu Lewandowski, deve viabilizar "a cobertura vacinal adequada de toda a população infantil antes da retomada das aulas, bem como a previsão de um dia nacional (Dia D) para vacinação, ou mesmo a designação de possíveis datas para a realização de grandes mutirões de incentivo e vacinação"