Covid: Só 12 estados divulgam dados de vacina: 67,1% completaram imunização
Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins não divulgaram dados relativos à vacinação contra a covid-19 nesta quarta-feira (29). As informações são do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte.
Até o momento, 143.195.464 brasileiros receberam a segunda dose ou a dose única de imunizante contra a doença, o equivalente a 67,13% da população nacional.
Nas últimas 24 horas, 308.744 brasileiros tomaram a segunda dose. Ainda houve a aplicação de 78.233 primeiras e 417.590 de reforço no mesmo intervalo de tempo. Ao todo, foram ministradas 803.589 doses de imunizante entre ontem e hoje em todo o país.
Devido a uma revisão nos números do Ceará, o total de doses únicas aplicadas no país nas últimas 24 horas ficou negativo: -978.
Desde meados de janeiro, quando começou a campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil, 143.195.464 habitantes tomaram a primeira dose, o que representa 67,13% da população do país. Já o total de doses de reforço aplicadas chegou a 25.938.928.
Entre as unidades da federação, o estado de São Paulo continua na liderança com a maior porcentagem da população com vacinação completa: 78,35% de seus habitantes. A seguir, estão Piauí (73,77%), Mato Grosso do Sul (71,89%), Minas Gerais (71,61%) e Rio Grande do Sul (69,74%).
Em termos percentuais, o Piauí ocupa o primeiro lugar quanto à vacinação com a primeira dose: 82,8% da população local. São Paulo (82,06%), Santa Catarina (78,72%), Paraná (77,85%) e Rio Grande do Sul (77,66%) vêm na sequência.
Desde o último dia 10, quando sites e plataformas do Ministério da Saúde sofreram um ataque hacker, a atualização dos números está apresentando problemas.
Os dados, portanto, estão bastante subnotificados. Sem os dados completos, não é possível saber, ao certo, qual é o ritmo da vacinação no país.
Isso é particularmente preocupante em um cenário de festas de fim de ano, que podem gerar aglomerações e facilitar o contágio, e de avanço da variante ômicron.
O governo do estado de Rondônia informou que, como o sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde se encontra fora do ar, "o painel de dados do estado que é atrelado ao MS também não recebe atualizações sobre a imunização nos municípios".
"A previsão para restabelecimento é até o dia 07 de janeiro de 2022", afirmaram as autoridades por meio de nota.
Já a Secretaria de Saúde de Roraima informou que "está sem atualização, em virtude da dificuldade de acesso aos sistemas do Ministério da Saúde". O órgão estadual afirmou que tem mantido contato com o ministério e que os dados serão atualizados assim que a plataforma for completamente restabelecida.
Os estados de Alagoas, Mato Grosso e Paraíba também não atualizaram seus números por continuarem sem acesso ao sistema do ministério.
Queiroga critica estados contrários à prescrição para vacinar crianças
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na manhã de hoje que os prefeitos e governadores contrários à prescrição médica para vacinar crianças contra a covid-19 não são médicos e que eles estão interferindo nas Secretarias de Saúde. Segundo o cardiologista, tanto os estados quanto os municípios devem se manifestar apenas por meio da consulta pública realizada pela pasta.
"Os estados têm que se manifestar lá na consulta pública, aliás, governadores e prefeitos que falam em não ter prescrição e pelo que eu saiba, eles estão interferindo nas suas secretarias municipais e estaduais", disse o ministro.
Demonstrando impaciência após ser questionado sobre as incoerências da consulta pública, Queiroga deixou de responder aos questionamentos e ingressou no prédio do Ministério da Saúde. As imagens foram transmitidas pela GloboNews.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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