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Covid: Média móvel de mortes chega a 269, menor índice desde 22 de janeiro

Covid-19 já causou mais de 658 mil mortes em todo o Brasil  - Buda Mendes/Getty Images
Covid-19 já causou mais de 658 mil mortes em todo o Brasil Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

24/03/2022 18h03

A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil chegou ao menor índice desde o dia 22 de janeiro deste ano, quando marcou 282 registros. Hoje, ficou em 269. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes —ou de casos—, dos últimos sete dias.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 300 mortes pela doença. Acre, Amazonas, Amapá, Ceará, Rio Grande do Norte e Roraima não registraram óbitos hoje. O governo do Espírito Santo teve problemas técnicos e não atualizou os dados de novos casos conhecidos e mortes.

Desde o início da pandemia, 658.367 pessoas morreram em razão da doença causada pelo coronavírus no país.

O Brasil segue com tendência de queda nas mortes em decorrência da covid-19 pelo 28º dia seguido (-42%). Todas as regiões registraram cenário de redução nos óbitos: Centro-Oeste (-40%), Nordeste (-43%), Norte (-42%), Sudeste (-26%) e Sul (-44%).

Nas unidades da federação, 22 estados e o Distrito Federal seguiram a tendência de queda na média de óbitos. Já três estados registraram estabilidade: Rio de Janeiro (-4%), Rondônia (7%) e Tocantins (0%). Apenas Pernambuco teve aceleração nos óbitos, com 19%.

Para calcular a variação, se compara a média atual com o mesmo índice de 14 dias atrás. Um valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Além disso foram 35.544 novos casos conhecidos de covid-19 nas últimas 24h. Com isso, o Brasil acumula 29.764.701 testes positivos.

A média móvel ficou hoje em 34.145 e apresenta queda pelo quarto dia consecutivo. Hoje, ficou em -27%. Ao todo, 23 unidades da federação seguiram essa tendência, enquanto três tiveram estabilidade e apenas Sergipe teve aceleração, com 16%.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-44%)
  • Minas Gerais: queda (-49%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (-4%)
  • São Paulo: queda (-46%)

Região Norte

  • Acre: queda (-100%)
  • Amazonas: queda (-87%)
  • Amapá: queda (-67%)
  • Pará: queda (-32%)
  • Rondônia: estabilidade (7%)
  • Roraima: queda (-80%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-38%)
  • Bahia: queda (-28%)
  • Ceará: queda (-72%)
  • Maranhão: queda (-38%)
  • Paraíba: queda (-43%)
  • Pernambuco: alta (19%)
  • Piauí: queda (-74%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-81%)
  • Sergipe: queda (-44%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-43%)
  • Goiás: queda (-26%)
  • Mato Grosso: queda (-66%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-66%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-44%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-48%)
  • Santa Catarina: queda (-59%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (24) que o Brasil registrou 312 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 658.310 óbitos em todo o país.

Pelos números da pasta, houve 37.690 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 29.767.681 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 28.407.457 casos recuperados da doença até aqui, com outros 701.914 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.