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Covid: Média de mortes volta a ficar estável, mas se mantém acima de 100

Brasil se aproxima das 664 mil mortes causadas pela covid-19 - Michael Dantas/AFP
Brasil se aproxima das 664 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Michael Dantas/AFP

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

03/05/2022 18h12Atualizada em 03/05/2022 20h45

Após quatro dias em alta, a média móvel de mortes pela covid-19 voltou a ficar estável no Brasil, mas segue acima de 100. Hoje, o indicador ficou em 118 óbitos. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

No país, o índice ficou em 8% na comparação com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade. A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.

Duas das cinco regiões do país acompanham a tendência nacional de estabilidade nos óbitos: Norte (-10%) e Sudeste (0%) Outras três tiveram queda: Nordeste (-19%) e Sul (-25%). Já o Centro-Oeste teve alta, de 18%.

Além disso, sete estados tiveram estabilidade na média de mortes. Outros cinco estados registraram alta, enquanto 11 estados e o Distrito Federal tiveram queda nos registros.

Nesta terça-feira, o país teve 108 registros de mortes por covid-19. Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, Roraima não notificaram óbitos pela doença hoje. Já o Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Tocantins não divulgaram os dados. Ao todo, desde o início da pandemia, foram 663.765 vidas perdidas no Brasil.

Além disso, nas últimas 24 horas foram 21.748 novos casos conhecidos da doença. Com isso, o país atinge a marca de 30.478.621 testes positivos.

A média móvel de casos ficou em 14.847 registros. Após 39 dias em queda, o indicador segue estável pelo quinto dia consecutivo - hoje ficou em 5% na comparação com o de 14 dias atrás.

Duas das cinco regiões do país acompanham esse cenário, outras duas têm elevação e apenas o Sudeste tem queda, de -18%. Já entre as unidades da federação, 11 registram queda, oito têm estabilidade e oito, aumento.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: não divulgou dados hoje
  • Minas Gerais: queda (-31%)
  • Rio de Janeiro: alta (232%)
  • São Paulo: estabilidade (10%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-71%)
  • Amapá: queda (-100%)
  • Pará: estabilidade (14%)
  • Rondônia: alta (150%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: não registrou dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-55%)
  • Bahia: queda (-50%)
  • Ceará: não informou os dados hoje
  • Maranhão: alta (400%)
  • Paraíba: alta (150%)
  • Pernambuco: queda (-20%)
  • Piauí: estabilidade (0%)
  • Rio Grande do Norte: não registrou dados hoje
  • Sergipe: queda (-33%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-60%)
  • Goiás: alta (31%)
  • Mato Grosso: alta (133%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (150%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-35%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-44%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-5%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (3) que o Brasil reportou 92 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 663.694 óbitos em todo o país.

Pelos dados da pasta, houve 21.432 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, fazendo o total de infectados subir para 30.482.429 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 29.585.304 casos recuperados da doença até o momento, com outros 233.431 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.