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Mpox: OMS encerra status de emergência sanitária global para doença

Do UOL, em São Paulo

11/05/2023 11h42Atualizada em 11/05/2023 14h40

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o fim do status de emergência global de saúde para a mpox, conhecida anteriormente como varíola dos macacos. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma reunião colegiada de hoje.

O que disse o diretor da OMS?

"Ontem, o comitê de emergência para mpox se reuniu e me recomendou que o surto de mpox em vários países não representa mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional", disse Tedros em uma coletiva.

Tedros afirmou que houve uma redução de 90% nos casos confirmados nos últimos três meses.

Como no caso da covid, mpox ainda deve ser observada de perto, argumentou o diretor da OMS. "Embora saudemos a tendência de queda dos casos de mpox globalmente, o vírus continua afetando comunidades em todas as regiões, inclusive na África, onde a transmissão ainda não é bem compreendida. Casos relacionados a viagens em todas as regiões destacam a ameaça contínua. Existe um risco particular para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada", disse.

Varíola dos macacos gerou apreensão em tempos de covid

A mpox foi considerada uma emergência de saúde em julho de 2022 e matou 140 pessoas. Foram mais de 87 mil casos confirmados em 111 países, relembrou Tedros.

No Brasil, houve 10.920 casos confirmados e 16 mortes, segundo balanço do Ministério da Saúde até a última sexta-feira (5).

A vacinação contra a mpox começou em março para grupos prioritários, e ainda não há previsão de expansão da vacina para outros públicos por falta do imunizante no mercado internacional.

Relembre sintomas e formas de contágio

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe.

Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem lesões na pele, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios.

Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam, já que as casquinhas contêm material viral infeccioso, e que a pele esteja completamente cicatrizada.

A mpox não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluidos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.