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Lula é vacinado no Planalto e provoca: 'Não vira jacaré'

Lucas Borges Teixeira e Gilvan Marques

Do UOL, em Brasília, e colaboração para o UOL, em São Paulo

08/04/2024 13h06Atualizada em 08/04/2024 16h04

O presidente Lula (PT) foi vacinado hoje contra a gripe no Palácio do Planalto, em Brasília, e alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao reafirmar que "não se tornaria um jacaré".

O que aconteceu

Aos 78 anos, o presidente tomou o reforço contra a influenza. A imunização é feita gratuitamente pelo SUS e indicada a maiores de 60 anos. Ele foi vacinado durante evento ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

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Lula tirou o paletó, arregaçou uma das mangas e recebeu a injeção no braço esquerdo. Uma enfermeira aplicou a dose, enquanto o Zé Gotinha —símbolo histórico de campanhas para imunização— acompanhava o momento.

Incentivo ao povo brasileiro. Lula disse que iria tomar a vacina na semana passada, mas não foi possível e, por isso, seria imunizado hoje: "A vacina é para incentivar o povo brasileiro a tomar vacina outra vez", disse.

Vacina não permite que a gente vire jacaré. Vacina evita a pegar doenças que podem matar as pessoas. Eu vou tomar a minha vacina aqui para incentivar todos os brasileiros -- homens, mulheres, adolescentes e crianças -- que precisam. Não tenham medo de tomar vacina.
Lula, ao tomar vacina contra gripe

A fala que relaciona vacina e jacaré é uma referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi dita no dia 17 de dezembro de 2020, durante evento em Porto Seguro (BA), quando ele chegou a dizer que não tomaria a vacina. Na época, o Brasil e o mundo passavam por uma pandemia de covid.

"E na Pfizer [contrato da Pfizer] tem lá: nós [Pfizer] não nos responsabilizamos. Se eu virar um jacaré, se você virar super-homem, se nascer barba em alguma mulher, ou algum homem começar a falar fino... E o que é pior: mexer no sistema imunológico das pessoas", disse Jair Bolsonaro à época.

Campanha contra gripe

O Ministério da Saúde antecipou a vacinação contra a gripe (influenza) neste ano. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano, a campanha começou no último dia 25, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.

Farmácias Raia e Drogasil, do grupo RD Saúde, registraram aumento na procura por testes de influenza nos primeiros meses deste ano e crescimento no número de testes com resultado positivo para a doença. Em janeiro, a taxa de positividade foi de 6,3%. Esse percentual subiu para 9,57% em fevereiro e chegou a 18,16% na primeira quinzena de março.

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas.

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