Incêndios florestais obrigam evacuação de 50.000 pessoas em Israel
Haifa, Israel, 24 Nov 2016 (AFP) - Cinquenta mil pessoas foram evacuadas nesta quinta-feira em Haifa, a terceira maior cidade de Israel, devido a incêndios florestais que já duram três dias, disse à AFP a porta-voz o município.
Bairros inteiros da cidade litorânea foram evacuados, assim como uma universidade, escolas e presídios, indicou Luba Samri, porta-voz da polícia.
Uma fonte municipal disse que o número de evacuados pode chegar a 90.000, em uma população de 280.000 pessoas, se a situação piorar.
As autoridades suspeitam que parte do fogo foi provocada intencionalmente, por motivos políticos.
Foi declarado o estado de emergência em Haifa, disse à AFP o porta-voz do corpo de bombeiros, Kayed Daher, a fim de alertar as pessoas a não irem para a cidade.
Cerca de 60 pessoas com ferimentos leves, em sua maioria problemas respiratórios, foram trasladadas a hospitais, segundo os serviços de resgate.
O Exército anunciou ter mobilizado dois batalhões e chamou os reservistas para que ajudem os bombeiros e policiais. O aeroporto local foi fechado.
Durante o dia, ocorreram outros incêndios na periferia de Jerusalém, em Nataf e em Sha'ar Hagai, assim como em Talmon, uma colônia israelense na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, informou a polícia.
Trezentas crianças foram retiradas de uma escola de Talmon, acrescentou a fonte.
Presos evacuadosEm Haifa, as chamas, de vários metros de altura, destruíram a vegetação nos arredores e ameaçam os imóveis de vários bairros da periferia desta cidade habitada por judeus e árabes, constatou um fotógrafo da AFP. Aviões-tanque tentam, sem muito sucesso, combater o fogo.
As equipes de resgate trabalham de porta em porta, evacuando, principalmente, as pessoas de mais idade.
"Às vezes somos obrigados a retirar os habitantes de suas casas à força", disse no rádio o chefe dos serviços de socorro do bairro de Carmelo, Naftali Rottenberg.
O bairro de Ramot Sapir foi envolvido por uma fumaceira espessa, arrastada pelo forte vento. Nas ruas, praticamente desertas, alguns vizinhos se afastavam do local a pé ou de carro, ou se protegiam da poeira com máscaras, constatou um jornalista da AFP.
Cerca de 600 internos foram evacuados dos presídios, fortemente escoltados, disse a polícia.
Há três dias, o centro e o norte de Israel estão sendo afetados por vários incêndios florestais, resultado da grande seca dos últimos meses e dos fortes ventos.
Cerca da metade destes incêndios teria uma origem criminosa, declarou o ministro de Segurança Pública, Gilad Erdan, pelo rádio militar.
Segundo Erdan, o fogo teria sido obra de piromaníacos ou de pessoas motivadas pelo conflito entre Israel e Palestina.
Cerca de 1,4 milhão de árabes israelenses (17,5% da população), descendentes dos palestinos que ficaram nas suas terras após a criação do estado de Israel, em 1948, vivem no país.
Apesar de serem cidadãos israelenses, muitos se consideram palestinos e simpatizam com sua causa. Além disso, milhares de palestinos trabalham em Israel, apesar da persistência do conflito.
"Só aqueles aos que a terra não pertence são capazes de incendiá-la", afirmou no Twitter o ministro nacionalista religioso Naftali Bennett, que após a vitória presidencial de Donald Trump nos Estados Unidos declarou que havia chegado o momento de enterrar a ideia de um Estado palestino independente.
Israel, que não conta com equipes suficientes para combater incêndios em grande escala, deve receber durante o dia o apoio de uma dezena de aviões enviados pela Rússia, Turquia, Grécia, Itália, Croácia e Chipre.
bur-lal/hj/jvb/jz/db
Bairros inteiros da cidade litorânea foram evacuados, assim como uma universidade, escolas e presídios, indicou Luba Samri, porta-voz da polícia.
Uma fonte municipal disse que o número de evacuados pode chegar a 90.000, em uma população de 280.000 pessoas, se a situação piorar.
As autoridades suspeitam que parte do fogo foi provocada intencionalmente, por motivos políticos.
Foi declarado o estado de emergência em Haifa, disse à AFP o porta-voz do corpo de bombeiros, Kayed Daher, a fim de alertar as pessoas a não irem para a cidade.
Cerca de 60 pessoas com ferimentos leves, em sua maioria problemas respiratórios, foram trasladadas a hospitais, segundo os serviços de resgate.
O Exército anunciou ter mobilizado dois batalhões e chamou os reservistas para que ajudem os bombeiros e policiais. O aeroporto local foi fechado.
Durante o dia, ocorreram outros incêndios na periferia de Jerusalém, em Nataf e em Sha'ar Hagai, assim como em Talmon, uma colônia israelense na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, informou a polícia.
Trezentas crianças foram retiradas de uma escola de Talmon, acrescentou a fonte.
Presos evacuadosEm Haifa, as chamas, de vários metros de altura, destruíram a vegetação nos arredores e ameaçam os imóveis de vários bairros da periferia desta cidade habitada por judeus e árabes, constatou um fotógrafo da AFP. Aviões-tanque tentam, sem muito sucesso, combater o fogo.
As equipes de resgate trabalham de porta em porta, evacuando, principalmente, as pessoas de mais idade.
"Às vezes somos obrigados a retirar os habitantes de suas casas à força", disse no rádio o chefe dos serviços de socorro do bairro de Carmelo, Naftali Rottenberg.
O bairro de Ramot Sapir foi envolvido por uma fumaceira espessa, arrastada pelo forte vento. Nas ruas, praticamente desertas, alguns vizinhos se afastavam do local a pé ou de carro, ou se protegiam da poeira com máscaras, constatou um jornalista da AFP.
Cerca de 600 internos foram evacuados dos presídios, fortemente escoltados, disse a polícia.
Há três dias, o centro e o norte de Israel estão sendo afetados por vários incêndios florestais, resultado da grande seca dos últimos meses e dos fortes ventos.
Cerca da metade destes incêndios teria uma origem criminosa, declarou o ministro de Segurança Pública, Gilad Erdan, pelo rádio militar.
Segundo Erdan, o fogo teria sido obra de piromaníacos ou de pessoas motivadas pelo conflito entre Israel e Palestina.
Cerca de 1,4 milhão de árabes israelenses (17,5% da população), descendentes dos palestinos que ficaram nas suas terras após a criação do estado de Israel, em 1948, vivem no país.
Apesar de serem cidadãos israelenses, muitos se consideram palestinos e simpatizam com sua causa. Além disso, milhares de palestinos trabalham em Israel, apesar da persistência do conflito.
"Só aqueles aos que a terra não pertence são capazes de incendiá-la", afirmou no Twitter o ministro nacionalista religioso Naftali Bennett, que após a vitória presidencial de Donald Trump nos Estados Unidos declarou que havia chegado o momento de enterrar a ideia de um Estado palestino independente.
Israel, que não conta com equipes suficientes para combater incêndios em grande escala, deve receber durante o dia o apoio de uma dezena de aviões enviados pela Rússia, Turquia, Grécia, Itália, Croácia e Chipre.
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