Cinema, o outro grande campo de batalha de Fidel Castro
Havana, 26 Nov 2016 (AFP) - Personagem de numerosos filmes e documentários, Fidel Castro foi um apaixonado pelo cinema, que considerava um campo na sua "batalha política" e no qual legitimou a censura como arma para defender sua revolução.
Consciente do impacto social do cinema, três meses depois de entrar triunfante em Havana em janeiro de 1959, Fidel ordenou a criação do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos (ICAIC), à frente do qual colocou seu amigo incondicional Alfredo Guevara, que foi um estreito colaborador até sua morte, em 19 de abril de 2013.
Seu amigo colombiano e prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez (morto em 2014) chamou Fidel de "o cineasta menos conhecido do mundo", quando criaram em Havana a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano, em 1985, e um ano depois a Escola Internacional de Cinema de San Antonio de los Baños, perto da capital cubana.
Para Fidel, o novo cinema era "uma grande batalha" pela identidade, libertação, independência e sobrevivência latino-americanas. "Se não sobrevivermos culturalmente, tampouco sobreviveremos economicamente nem politicamente", disse em 1985.
Em 1961, no conhecido discurso "Palavras aos Intelectuais", defendeu o "direito" de seu governo a "regular, revisar e fiscalizar" filmes devido à sua "influência no povo", como uma responsabilidade "em meio a uma luta revolucionária".
Na crise econômica dos anos 1990, em pleno florescimento de filmes críticos à realidade da ilha, como "Alicia en el pueblo de maravillas" e "Morango e chocolate", Fidel arremeteu contra "Guantanamera" - sem tê-lo visto -, de Tomás Gutiérrez Alea, uma crítica à ineficiente burocracia cubana.
Muitas personalidades do cinema falaram e fumaram 'habanos' com Castro, entre eles Francis Ford Coppola e Kevin Costner, com quem viu em 2001 "Treze dias que abalaram o mundo", filme que o ator protagonizou sobre a crise dos mísseis de 1962.
Admirador de Brigitte Bardot e amigo de Gerard Depardieu, dizia que conhecia todos os filmes de Charles Chaplin, que era capaz de ver "três ou quatro vezes" os do humorista mexicano Mario Moreno 'Cantinflas', e que tinha sido cativado por Sophia Loren.
Fidel confessou a Oliver Stone, autor de dois filmes sobre ele, "Comandante" (2002) e "Procurando Fidel" (2003), que viu poucos filmes desde o colapso soviético em 1991, por falta de tempo. Entre os que viu em videocassete estavam "Gladiador" e "Titanic".
Consciente do impacto social do cinema, três meses depois de entrar triunfante em Havana em janeiro de 1959, Fidel ordenou a criação do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos (ICAIC), à frente do qual colocou seu amigo incondicional Alfredo Guevara, que foi um estreito colaborador até sua morte, em 19 de abril de 2013.
Seu amigo colombiano e prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez (morto em 2014) chamou Fidel de "o cineasta menos conhecido do mundo", quando criaram em Havana a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano, em 1985, e um ano depois a Escola Internacional de Cinema de San Antonio de los Baños, perto da capital cubana.
Para Fidel, o novo cinema era "uma grande batalha" pela identidade, libertação, independência e sobrevivência latino-americanas. "Se não sobrevivermos culturalmente, tampouco sobreviveremos economicamente nem politicamente", disse em 1985.
Em 1961, no conhecido discurso "Palavras aos Intelectuais", defendeu o "direito" de seu governo a "regular, revisar e fiscalizar" filmes devido à sua "influência no povo", como uma responsabilidade "em meio a uma luta revolucionária".
Na crise econômica dos anos 1990, em pleno florescimento de filmes críticos à realidade da ilha, como "Alicia en el pueblo de maravillas" e "Morango e chocolate", Fidel arremeteu contra "Guantanamera" - sem tê-lo visto -, de Tomás Gutiérrez Alea, uma crítica à ineficiente burocracia cubana.
Muitas personalidades do cinema falaram e fumaram 'habanos' com Castro, entre eles Francis Ford Coppola e Kevin Costner, com quem viu em 2001 "Treze dias que abalaram o mundo", filme que o ator protagonizou sobre a crise dos mísseis de 1962.
Admirador de Brigitte Bardot e amigo de Gerard Depardieu, dizia que conhecia todos os filmes de Charles Chaplin, que era capaz de ver "três ou quatro vezes" os do humorista mexicano Mario Moreno 'Cantinflas', e que tinha sido cativado por Sophia Loren.
Fidel confessou a Oliver Stone, autor de dois filmes sobre ele, "Comandante" (2002) e "Procurando Fidel" (2003), que viu poucos filmes desde o colapso soviético em 1991, por falta de tempo. Entre os que viu em videocassete estavam "Gladiador" e "Titanic".
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