Fotos de pessoas dormindo em túmulos provocam comoção no Irã
Teerã, 28 dez 2016 (AFP) - Diversas fotos publicadas pelos meios de comunicação iranianos mostrando meia centena de pessoas, entre pobres e viciados em drogas, dormindo em túmulos no cemitério de Shahriyar, a oeste de Teerã, provocaram uma grande comoção no Irã.
O famoso cineasta Asghar Farhadi escreveu ao presidente Hassan Rohani para expressar a ele sua vergonha devido a estas fotos dos túmulos muito disseminadas nas redes sociais, sobre as quais atletas e outros artistas também manifestaram sua irritação.
"Vi a reportagem sobre a vida de homens, mulheres e crianças nos túmulos de um cemitério nos arredores de Teerã e todo o meu ser foi tomado por choro e vergonha", escreveu Farhadi em uma carta divulgada na terça-feira através das redes sociais.
"Quero compartilhar esta vergonha com todos aqueles que tiveram responsabilidades" nestas últimas décadas no país, acrescentou.
O jornal Shahrvand publicou na terça-feira uma reportagem ilustrada sobre estas pessoas que dormem em túmulos vazios, cavados com antecedência.
"Somos seres humanos? Somos estrangeiros? Por acaso não somos iranianos?", dizia um sem-teto questionado pela publicação.
Nesta quarta-feira, durante um discurso televisionado, o presidente Rohani reagiu ante a carta de Farhadi afirmando que ninguém pode "aceitar que em um grande país como o Irã as pessoas se refugiem dentro de túmulos".
"Havia ouvido falar de gente que dorme debaixo de pontes, ou (em estações de) metrô em países estrangeiros, mas quase não havia ouvido falar de gente que dormia em túmulos", disse o presidente iraniano.
O governador local foi encarregado de solucionar este problema.
Segundo Shahrvand, meia centena de homens e mulheres que ocupavam os túmulos, alguns há anos, foram evacuados "manu militari" do cemitério a partir da tarde de segunda-feira.
O procurador de Shahriyar, cidade localizada a 30 quilômetros de Teerã, indicou que os viciados em drogas serão enviados a centros de reabilitação.
A pobreza aumentou muito nos últimos anos no Irã, onde a taxa oficial de desemprego passou de 10,6% da população economicamente ativa em 2014 a 12,7% neste ano, enquanto entre os jovens (15 a 29 anos) alcança 27%.
O famoso cineasta Asghar Farhadi escreveu ao presidente Hassan Rohani para expressar a ele sua vergonha devido a estas fotos dos túmulos muito disseminadas nas redes sociais, sobre as quais atletas e outros artistas também manifestaram sua irritação.
"Vi a reportagem sobre a vida de homens, mulheres e crianças nos túmulos de um cemitério nos arredores de Teerã e todo o meu ser foi tomado por choro e vergonha", escreveu Farhadi em uma carta divulgada na terça-feira através das redes sociais.
"Quero compartilhar esta vergonha com todos aqueles que tiveram responsabilidades" nestas últimas décadas no país, acrescentou.
O jornal Shahrvand publicou na terça-feira uma reportagem ilustrada sobre estas pessoas que dormem em túmulos vazios, cavados com antecedência.
"Somos seres humanos? Somos estrangeiros? Por acaso não somos iranianos?", dizia um sem-teto questionado pela publicação.
Nesta quarta-feira, durante um discurso televisionado, o presidente Rohani reagiu ante a carta de Farhadi afirmando que ninguém pode "aceitar que em um grande país como o Irã as pessoas se refugiem dentro de túmulos".
"Havia ouvido falar de gente que dorme debaixo de pontes, ou (em estações de) metrô em países estrangeiros, mas quase não havia ouvido falar de gente que dormia em túmulos", disse o presidente iraniano.
O governador local foi encarregado de solucionar este problema.
Segundo Shahrvand, meia centena de homens e mulheres que ocupavam os túmulos, alguns há anos, foram evacuados "manu militari" do cemitério a partir da tarde de segunda-feira.
O procurador de Shahriyar, cidade localizada a 30 quilômetros de Teerã, indicou que os viciados em drogas serão enviados a centros de reabilitação.
A pobreza aumentou muito nos últimos anos no Irã, onde a taxa oficial de desemprego passou de 10,6% da população economicamente ativa em 2014 a 12,7% neste ano, enquanto entre os jovens (15 a 29 anos) alcança 27%.
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