Entenda o polêmico oleoduto que se estenderá entre Canadá e EUA
Washington, 24 Mar 2017 (AFP) - Entenda o projeto do oleoduto Keystone XL, que unirá Canadá e Estados Unidos e que foi autorizado nesta sexta-feira pelo presidente Donald Trump, após anos de debates políticos e de oposição dos ambientalistas.
A decisão de Trump reverte o cancelamento do projeto por Barack Obama em 2015 razões ambientais.
- O que é o Keystone XL?Keystone XL é uma extensão do atual sistema de envio de butano das areias de Alberta no Canadá a refinarias da costa sul dos Estados Unidos.
O governo Obama bloqueou em 2015 uma proposta de 5,3 bilhões de dólares para construir a estrutura de 1.900 km entre Alberta a Nebraska, em Estados Unidos.
Esse duto, chamado Keystone XL, pode chegar a gerar 830.000 barris de petróleo por dia.
- Por que é tão polêmico? - Muitos ambientalistas transformaram o oleoduto em um campo de batalha contra as mudanças climáticas.
Alguns argumentam que as areias betuminosas de Alberta são "as mais sujas" do mundo.
Diferentemente do petróleo extraído dos poços tradicionais, o dessas areia betuminosas deve ser retirado mediante aquecimento subterrâneo; o que significa utilizar água fervendo para separar o betume da areia para depois refiná-lo.
Isso, para os ambientalistas, significa que mais combustíveis fósseis precisam ser queimados no processo de extração, contribuindo para o aquecimento global.
O processo também requer o uso de elevadas quantidades de água, causando a contaminação de grandes lagos nos bosques boreais do Canadá.
A área das areias betuminosas cobre 142.000 km quadrados, mas a indústria diz que apenas 2% são afetados pela exploração.
Os ambientalistas argumentam que o betume contém um corrosivo que pode romper ou rachar os dutos, trazendo riscos para a segurança e a saúde.
- Impacto econômico? A TransCanada diz que o oleoduto Keystone aumentará em 3,4 bilhões de dólares o PIB dos Estados Unidos. Esse valor inclui os 55,6 milhões de dólares em impostos a 27 condados de três estados.
O Departamento de Estado estima que a construção do oleoduto, que demorará dois anos, gerará 42.000 empregos temporários.
Os críticos alegam que, uma vez terminado, o oleoduto só empregará 50 trabalhadores permanentes. Em contrapartida, eliminará muito mais empregos ao desviar investimentos destinados a energias limpas, como a solar e a eólica.
- Segurança energética - A TransCanada alega que receber 830.000 barris diários de petróleo de um país amigo e vizinho como o Canadá, reduzirá em 40% a dependência americana do petróleo do Oriente Médio e da Venezuela.
- Segurança - A TransCanada sustenta que transportar petróleo por oleodutos subterrâneos é muito mais seguro do que por barcos ou trens.
Também ressalta que nos Estados Unidos há 4,18 milhões de km de dutos de petróleo e gás fornecendo "99,9998% dos produtos de forma segura e confiável".
O Keystone XL será equipado com 21.000 sensores que darão informação atualizada a cada cinco segundos e que poderão isolar em minutos um dano através de válvulas operadas por controle remoto.
Os críticos dizem que o atual oleoduto Keystone sofreu uma dezena de vazamentos no seu primeiro ano de funcionamento.
bur-amc/hs/rob/gm /ja/cc/mvv
TransCanada
A decisão de Trump reverte o cancelamento do projeto por Barack Obama em 2015 razões ambientais.
- O que é o Keystone XL?Keystone XL é uma extensão do atual sistema de envio de butano das areias de Alberta no Canadá a refinarias da costa sul dos Estados Unidos.
O governo Obama bloqueou em 2015 uma proposta de 5,3 bilhões de dólares para construir a estrutura de 1.900 km entre Alberta a Nebraska, em Estados Unidos.
Esse duto, chamado Keystone XL, pode chegar a gerar 830.000 barris de petróleo por dia.
- Por que é tão polêmico? - Muitos ambientalistas transformaram o oleoduto em um campo de batalha contra as mudanças climáticas.
Alguns argumentam que as areias betuminosas de Alberta são "as mais sujas" do mundo.
Diferentemente do petróleo extraído dos poços tradicionais, o dessas areia betuminosas deve ser retirado mediante aquecimento subterrâneo; o que significa utilizar água fervendo para separar o betume da areia para depois refiná-lo.
Isso, para os ambientalistas, significa que mais combustíveis fósseis precisam ser queimados no processo de extração, contribuindo para o aquecimento global.
O processo também requer o uso de elevadas quantidades de água, causando a contaminação de grandes lagos nos bosques boreais do Canadá.
A área das areias betuminosas cobre 142.000 km quadrados, mas a indústria diz que apenas 2% são afetados pela exploração.
Os ambientalistas argumentam que o betume contém um corrosivo que pode romper ou rachar os dutos, trazendo riscos para a segurança e a saúde.
- Impacto econômico? A TransCanada diz que o oleoduto Keystone aumentará em 3,4 bilhões de dólares o PIB dos Estados Unidos. Esse valor inclui os 55,6 milhões de dólares em impostos a 27 condados de três estados.
O Departamento de Estado estima que a construção do oleoduto, que demorará dois anos, gerará 42.000 empregos temporários.
Os críticos alegam que, uma vez terminado, o oleoduto só empregará 50 trabalhadores permanentes. Em contrapartida, eliminará muito mais empregos ao desviar investimentos destinados a energias limpas, como a solar e a eólica.
- Segurança energética - A TransCanada alega que receber 830.000 barris diários de petróleo de um país amigo e vizinho como o Canadá, reduzirá em 40% a dependência americana do petróleo do Oriente Médio e da Venezuela.
- Segurança - A TransCanada sustenta que transportar petróleo por oleodutos subterrâneos é muito mais seguro do que por barcos ou trens.
Também ressalta que nos Estados Unidos há 4,18 milhões de km de dutos de petróleo e gás fornecendo "99,9998% dos produtos de forma segura e confiável".
O Keystone XL será equipado com 21.000 sensores que darão informação atualizada a cada cinco segundos e que poderão isolar em minutos um dano através de válvulas operadas por controle remoto.
Os críticos dizem que o atual oleoduto Keystone sofreu uma dezena de vazamentos no seu primeiro ano de funcionamento.
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TransCanada
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