Trump ordena revisão de medidas de Obama contra emissões de CO2
Washington, 28 Mar 2017 (AFP) - /mvvO presidente americano, Donald Trump, ordenou nesta terça-feira uma revisão do Plano Energia Limpa, lançado pelo seu antecessor Barack Obama, que impõe a usinas elétricas uma redução drástica das emissões de dióxido de carbono.
Trump assinou o decreto durante uma cerimônia curta na sede da Agência de Proteção Ambiental (EPA), onde fez um discurso no qual não mencionou as mudanças climáticas nem os compromissos assumidos por Washington para combatê-las.
"Estamos eliminando a intrusão do governo e uma regulação que acaba com os empregos", disse o presidente, que insistiu na determinação do seu governo de acabar com regulações que atentem contra os postos de trabalho nos setores do petróleo, do gás natural e do carvão.
"Estamos pondo fim ao roubo da prosperidade americana e reconstruindo nosso amado país", acrescentou.
Em relação ao Plano Energia Limpa (CPP), Trump afirmou que "possivelmente não há nenhuma outra regulamentação que ameace mais a nossa indústria do que este devastador ataque à indústria americana".
O CPP, elaborado e proposto pela própria EPA em 2014, estabelece uma forte redução das emissões de CO2 que resultam da produção de energia elétrica, e por isso afetou diretamente a mineração de carvão.
A legislação exigia às usinas térmicas reduzir suas emissões de CO2 em 32%, em relação aos níveis de 2005, até 2030.
Trump afirmou que a modificação da normativa espera "acabar com a guerra contra o carvão".
"Vamos ter carvão limpo, realmente limpo", disse.
O decreto assinado por Trump suspende a proibição de que agências federais apoiem a produção de carvão.
Na audiência, Trump destacou a presença de um grupo numeroso de mineiros de carvão.
"Temos aqui nossos incríveis mineiros. Eu aprecio os nossos mineiros", disse. "Prometi a eles que vamos colocar nossos mineiros de volta ao trabalho", acrescentou.
- Reação imediata -Instantes depois da assinatura do decreto, Bradley Campbell, líder do grupo Fundação para Leis de Conservação (CLF), lamentou que "lobistas da indústria de combustíveis fósseis dobraram a agência que uma vez foi referência".
Em um comunicado, Campbell, ex-funcionário de alto escalão da agência, estimou que a EPA "tem a obrigação legal e moral de proteger o público da poluição que está mudando o clima".
Rush Holt, diretor-executivo da Associação para o Progresso da Ciência, lamentou que a atual administração resista a aceitar a evidência científica sobre as mudanças climáticas.
"Há muitas coisas que nosso país pode fazer para combater os riscos que as mudanças climáticas representam para a saúde humana e a segurança, mas ignorar a evidência científica põe nossas comunidades em perigo", apontou em uma nota.
No Congresso, o líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, comentou que o discurso de Trump e o decreto assinado parecem textos "escritos pela Exxon, sem o menor respeito à saúde dos americanos e ao planeta".
Na opinião de Bob Ward, especialista do instituto de pesquisa Grantham da London School of Economics, o desmantelamento do CPP torna "praticamente impossível" que os Estados Unidos atinjam os objetivos que assumiram na cúpula sobre o clima de Paris.
O Acordo de Paris pretende limitar o aumento da temperatura global a um máximo de dois graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais.
O novo diretor da EPA, Scott Pruitt, comentou recentemente que o acordo do clima de Paris, assinado em dezembro de 2015 por 195 países, "foi simplesmente um mau acordo".
Trump assinou o decreto durante uma cerimônia curta na sede da Agência de Proteção Ambiental (EPA), onde fez um discurso no qual não mencionou as mudanças climáticas nem os compromissos assumidos por Washington para combatê-las.
"Estamos eliminando a intrusão do governo e uma regulação que acaba com os empregos", disse o presidente, que insistiu na determinação do seu governo de acabar com regulações que atentem contra os postos de trabalho nos setores do petróleo, do gás natural e do carvão.
"Estamos pondo fim ao roubo da prosperidade americana e reconstruindo nosso amado país", acrescentou.
Em relação ao Plano Energia Limpa (CPP), Trump afirmou que "possivelmente não há nenhuma outra regulamentação que ameace mais a nossa indústria do que este devastador ataque à indústria americana".
O CPP, elaborado e proposto pela própria EPA em 2014, estabelece uma forte redução das emissões de CO2 que resultam da produção de energia elétrica, e por isso afetou diretamente a mineração de carvão.
A legislação exigia às usinas térmicas reduzir suas emissões de CO2 em 32%, em relação aos níveis de 2005, até 2030.
Trump afirmou que a modificação da normativa espera "acabar com a guerra contra o carvão".
"Vamos ter carvão limpo, realmente limpo", disse.
O decreto assinado por Trump suspende a proibição de que agências federais apoiem a produção de carvão.
Na audiência, Trump destacou a presença de um grupo numeroso de mineiros de carvão.
"Temos aqui nossos incríveis mineiros. Eu aprecio os nossos mineiros", disse. "Prometi a eles que vamos colocar nossos mineiros de volta ao trabalho", acrescentou.
- Reação imediata -Instantes depois da assinatura do decreto, Bradley Campbell, líder do grupo Fundação para Leis de Conservação (CLF), lamentou que "lobistas da indústria de combustíveis fósseis dobraram a agência que uma vez foi referência".
Em um comunicado, Campbell, ex-funcionário de alto escalão da agência, estimou que a EPA "tem a obrigação legal e moral de proteger o público da poluição que está mudando o clima".
Rush Holt, diretor-executivo da Associação para o Progresso da Ciência, lamentou que a atual administração resista a aceitar a evidência científica sobre as mudanças climáticas.
"Há muitas coisas que nosso país pode fazer para combater os riscos que as mudanças climáticas representam para a saúde humana e a segurança, mas ignorar a evidência científica põe nossas comunidades em perigo", apontou em uma nota.
No Congresso, o líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, comentou que o discurso de Trump e o decreto assinado parecem textos "escritos pela Exxon, sem o menor respeito à saúde dos americanos e ao planeta".
Na opinião de Bob Ward, especialista do instituto de pesquisa Grantham da London School of Economics, o desmantelamento do CPP torna "praticamente impossível" que os Estados Unidos atinjam os objetivos que assumiram na cúpula sobre o clima de Paris.
O Acordo de Paris pretende limitar o aumento da temperatura global a um máximo de dois graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais.
O novo diretor da EPA, Scott Pruitt, comentou recentemente que o acordo do clima de Paris, assinado em dezembro de 2015 por 195 países, "foi simplesmente um mau acordo".
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