Quase 600 edifícios da Inglaterra têm revestimento inflamável como a Torre Grenfell
Londres, 22 Jun 2017 (AFP) - Quase 600 edifícios residenciais da Inglaterra têm um revestimento inflamável como o do grande incêndio da Torre Grenfell de Londres, que deixou 79 mortos, de acordo com estimativas das autoridades locais divulgadas pelo governo.
O governo ordenou a análise de todos os revestimentos de edifícios altos do país, e isso confirmou que pelo menos três têm material inflamável, mas as administrações locais calculam que o total chega a 600, apenas na Inglaterra.
Muitas pessoas acreditam que o material inflamável dos painéis que cobriam a Torre Grenfell foi responsável pela rápida propagação do fogo, aliada ao fato de que a separação entre o revestimento e o edifício criou um efeito chaminé que também contribuiu para acelerar a tragédia.
O revestimento foi instalado como isolante e para embelezar o edifício, durante uma reforma do prédio em 2016.
Pouco antes da divulgação do número, a primeira-ministra Theresa May anunciou que havia ordenado análises em todos os revestimentos dos edifícios altos do país.
"Pouco antes de vir para Câmara (dos Comuns), me informaram que alguns testes revelaram que eram inflamáveis", disse May em um discurso no Parlamento sobre o incêndio de quarta-feira passada.
"As autoridades locais e os serviços de bombeiros locais envolvidos foram informados e, enquanto eu falo, estão tomando todas as medidas necessárias para assegurar que os edifícios sejam seguros e informar os vizinhos afetados", explicou May.
- Combustão pode soltar cianeto -Analistas acreditam que a combustão dos painéis pode ter produzido fumaça tóxica carregada com cianeto, que teria envenenado as vítimas.
O Hospital King's College informou à AFP que administrou um antídoto contra o cianeto - Cyanokit - em pelo menos três vítimas do incêndio.
A fabricante dos painéis, Celotex, admitiu que o revestimento poderia liberar "gases tóxicos" em um incêndio.
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde (NHS), 10 pessoas continuam hospitalizadas pelo incêndio, cinco em estado grave.
A primeira-ministra não apontou diretamente o revestimento da Torre Grenfell como culpado pela rápida propagação das chamas, "mas, como precaução, o governo organizou a análise dos revestimentos em todos os edifícios relevantes".
May citou a ajuda fornecida às pessoas afetadas, depois que foi muito criticada por evitar os moradores no dia seguinte à tragédia, quando visitou o edifício do bairro de Kensington e Chelsea e se reuniu apenas com as equipes de resgate.
Muitos moradores da Torre Grenfell eram imigrantes e May tentou tranquilizá-los ao afirmar que seu estatuto legal não será um obstáculo para receber ajudas: "Não haverá controles de imigração", prometeu.
- Primeira demissão -Nesta quinta-feira, mais de uma semana depois do incêndio, aconteceu a primeira demissão em consequência da tragédia, a de Nicholas Holgate, diretor executivo da câmara de Kensington e Chelsea, o principal funcionário da administração local.
Na quarta-feira, May pediu perdão pela reação lenta e desorganizada das autoridades nos primeiros dias após a tragédia.
"Como primeira-ministra, peço desculpas por este fracasso", disse May no Parlamento, "foi um fracasso do Estado, a nível local e nacional".
O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, insistiu nesta quinta-feira que a resposta foi caótica e exigiu que o governo repasse recursos aos conselhos locais para que "realizem imediatamente avaliações anti-incêndios e instalem aspersores de água" em todos, outra coisa que não existia na Torre Grenfell.
"Retirar os revestimentos que possuem materiais inflamáveis e instalar novos têm um grande custo", recordou Corbyn.
Na sexta-feira passada, sobreviventes da tragédia, parentes das vítimas e moradores do bairro expressaram toda sua revolta e invadiram a sede da administração do bairro de Kensington e Chelsea.
Os moradores afirmam que as autoridades locais ignoraram durante anos as denúncias de problemas no edifício na questão de combate às chamas.
O governo ordenou a análise de todos os revestimentos de edifícios altos do país, e isso confirmou que pelo menos três têm material inflamável, mas as administrações locais calculam que o total chega a 600, apenas na Inglaterra.
Muitas pessoas acreditam que o material inflamável dos painéis que cobriam a Torre Grenfell foi responsável pela rápida propagação do fogo, aliada ao fato de que a separação entre o revestimento e o edifício criou um efeito chaminé que também contribuiu para acelerar a tragédia.
O revestimento foi instalado como isolante e para embelezar o edifício, durante uma reforma do prédio em 2016.
Pouco antes da divulgação do número, a primeira-ministra Theresa May anunciou que havia ordenado análises em todos os revestimentos dos edifícios altos do país.
"Pouco antes de vir para Câmara (dos Comuns), me informaram que alguns testes revelaram que eram inflamáveis", disse May em um discurso no Parlamento sobre o incêndio de quarta-feira passada.
"As autoridades locais e os serviços de bombeiros locais envolvidos foram informados e, enquanto eu falo, estão tomando todas as medidas necessárias para assegurar que os edifícios sejam seguros e informar os vizinhos afetados", explicou May.
- Combustão pode soltar cianeto -Analistas acreditam que a combustão dos painéis pode ter produzido fumaça tóxica carregada com cianeto, que teria envenenado as vítimas.
O Hospital King's College informou à AFP que administrou um antídoto contra o cianeto - Cyanokit - em pelo menos três vítimas do incêndio.
A fabricante dos painéis, Celotex, admitiu que o revestimento poderia liberar "gases tóxicos" em um incêndio.
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde (NHS), 10 pessoas continuam hospitalizadas pelo incêndio, cinco em estado grave.
A primeira-ministra não apontou diretamente o revestimento da Torre Grenfell como culpado pela rápida propagação das chamas, "mas, como precaução, o governo organizou a análise dos revestimentos em todos os edifícios relevantes".
May citou a ajuda fornecida às pessoas afetadas, depois que foi muito criticada por evitar os moradores no dia seguinte à tragédia, quando visitou o edifício do bairro de Kensington e Chelsea e se reuniu apenas com as equipes de resgate.
Muitos moradores da Torre Grenfell eram imigrantes e May tentou tranquilizá-los ao afirmar que seu estatuto legal não será um obstáculo para receber ajudas: "Não haverá controles de imigração", prometeu.
- Primeira demissão -Nesta quinta-feira, mais de uma semana depois do incêndio, aconteceu a primeira demissão em consequência da tragédia, a de Nicholas Holgate, diretor executivo da câmara de Kensington e Chelsea, o principal funcionário da administração local.
Na quarta-feira, May pediu perdão pela reação lenta e desorganizada das autoridades nos primeiros dias após a tragédia.
"Como primeira-ministra, peço desculpas por este fracasso", disse May no Parlamento, "foi um fracasso do Estado, a nível local e nacional".
O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, insistiu nesta quinta-feira que a resposta foi caótica e exigiu que o governo repasse recursos aos conselhos locais para que "realizem imediatamente avaliações anti-incêndios e instalem aspersores de água" em todos, outra coisa que não existia na Torre Grenfell.
"Retirar os revestimentos que possuem materiais inflamáveis e instalar novos têm um grande custo", recordou Corbyn.
Na sexta-feira passada, sobreviventes da tragédia, parentes das vítimas e moradores do bairro expressaram toda sua revolta e invadiram a sede da administração do bairro de Kensington e Chelsea.
Os moradores afirmam que as autoridades locais ignoraram durante anos as denúncias de problemas no edifício na questão de combate às chamas.
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