Exército do Níger mata 14 camponeses confundidos com jihadistas
Niamei, 6 Jul 2017 (AFP) - O exército do Níger matou erroneamente na quarta-feira em um bombardeio aéreo 14 camponeses em uma região instável do sudeste do país, após confundi-los com jihadistas do Boko Haram, informaram nesta quinta-feira fontes locais.
"Foi um erro militar que custou a vida de 14 pessoas (...) refugiados e pessoas deslocadas que retornavam para o seu vilarejo em Abadam, que eles tinham abandonado por causa dos abusos cometidos pelo Boko Haram", declarou à AFP um político da região de Diffa.
"Eles não informaram as autoridades" sobre a movimentação, enquanto o local é uma zona vermelha proibida, perto do rio Komadogo Yobe, que serve de fronteira natural entre o Níger e a Nigéria, indicou.
"Os militares acharam que eram combatentes do Boko Haram. O exército está em estado de alerta desde os dois últimos ataques nesta área", declarou um jornalista local à AFP.
Para lutar contra o Boko Haram, as autoridades evacuaram em maio de 2015 os civis das áreas de fronteira com a Nigéria e seu acesso é proibido sem uma autorização prévia. Esta decisão impopular entre muitos deslocados obriga muitos deles a viver no campo. Alguns retornam às suas aldeias para cultivar, apesar da proibição.
A região de Diffa é o cenário há muitos anos de numerosos ataques do grupo extremista islâmico nigeriano Boko Haram.
"Abadam é uma zona proibida, então todo o deslocamento é considerado como suspeito", explicou o secretário-geral do governo de Diffa, Yahaya Godi, a uma rádio local.
"Foi para evitar atentados que o exército não tardou em bombardear o grupo. Houve um erro. As pessoas não respeitaram a proibição, deixaram Diffa para trabalhar na agricultura sem informar as autoridades. O avião do exército não pode distinguir (os combatentes do Boko Haram de simples camponeses). Houve, infelizmente, 14 mortos".
bh-de/pgf/jpc/mr
"Foi um erro militar que custou a vida de 14 pessoas (...) refugiados e pessoas deslocadas que retornavam para o seu vilarejo em Abadam, que eles tinham abandonado por causa dos abusos cometidos pelo Boko Haram", declarou à AFP um político da região de Diffa.
"Eles não informaram as autoridades" sobre a movimentação, enquanto o local é uma zona vermelha proibida, perto do rio Komadogo Yobe, que serve de fronteira natural entre o Níger e a Nigéria, indicou.
"Os militares acharam que eram combatentes do Boko Haram. O exército está em estado de alerta desde os dois últimos ataques nesta área", declarou um jornalista local à AFP.
Para lutar contra o Boko Haram, as autoridades evacuaram em maio de 2015 os civis das áreas de fronteira com a Nigéria e seu acesso é proibido sem uma autorização prévia. Esta decisão impopular entre muitos deslocados obriga muitos deles a viver no campo. Alguns retornam às suas aldeias para cultivar, apesar da proibição.
A região de Diffa é o cenário há muitos anos de numerosos ataques do grupo extremista islâmico nigeriano Boko Haram.
"Abadam é uma zona proibida, então todo o deslocamento é considerado como suspeito", explicou o secretário-geral do governo de Diffa, Yahaya Godi, a uma rádio local.
"Foi para evitar atentados que o exército não tardou em bombardear o grupo. Houve um erro. As pessoas não respeitaram a proibição, deixaram Diffa para trabalhar na agricultura sem informar as autoridades. O avião do exército não pode distinguir (os combatentes do Boko Haram de simples camponeses). Houve, infelizmente, 14 mortos".
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