As divergência entre Trump e Putin
Hamburgo, 7 Jul 2017 (AFP) - Síria, Ucrânia, acusações de ingerência russa na eleição americana: os assuntos de divergência entre Donald Trump e Vladimir Putin são muitos para o primeiro encontro entre os dois líderes nesta sexta-feira à margem do G20.
As relações entre os dois países estão em seu nível mais baixo, distante das promessas de campanha de Donald Trump de uma aproximação.
Síria, litígio máximoDonald Trump irritou Moscou ao ordenar a primeira resposta americana contra o regime sírio, aliado de Moscou, após um ataque químico em 4 de abril imputado às forças de Bashar al-Assad.
O presidente americano considerou ser "possível" que os russos estavam cientes do ataque e tratou o presidente sírio de "açougueiro" e "animal". Ele prometeu novas represálias em caso de novos ataques químicos.
A destruição de um avião sírio pelos Estados Unidos em 18 de junho, descrito como "agressão" por parte da Rússia, também adicionou combustível ao fogo.
Os americanos também temem a crescente rivalidade entre as forças que apoia no terreno na Síria e o exército do regime, num momento em que a batalha de Raqa, último grande reduto do Estados Islâmico (EI) no país, se acirra.
Pelas mesmas razões, no entanto, Donald Trump que fez da luta contra a EI uma prioridade, poderia ser tentado a procurar um terreno comum com Moscou antes de avançar para uma desescalada na Síria.
Ingerência russa, veneno lentoAs promessas de aproximação também foram afetadas pelas acusações de conluio entre a Rússia e membros da equipe de campanha de Donald Trump.
Várias pesquisas, incluindo uma conduzida pelo FBI, estão em curso sobre estas ligações com a Rússia. Donald Trump nega as acusações vigorosamente.
No entanto, ele admitiu na quinta-feira em Varsóvia que a Rússia, mas talvez também outros países, pode ter interferido na eleição americana.
Em outubro de 2016, todas as agências de inteligência dos Estados Unidos confirmaram publicamente uma ingerência de Moscou. Em janeiro de 2017, chegaram a dizer que Vladimir Putin lançou a ordem.
Ucrânia e sançõesNo final de março, a nova administração dos Estados Unidos condenou a "agressão" russa contra Kiev, referindo-se à anexação da Crimeia e ao suposto apoio russo aos rebeldes separatistas no leste da Ucrânia.
Em 20 de junho, os EUA anunciaram um reforço das sanções contra a Rússia para "manter a pressão" no caso da Ucrânia.
A Rússia nega qualquer apoio militar aos rebeldes pró-russos e, aproveitando-se da cúpula do G20, disse que as sanções americanas eram comparáveis a um protecionismo mascarado.
Coreia do Norte, nova linha vermelha Donald Trump prometeu uma resposta "severa" após o disparo na terça-feira pela Coreia do Norte d eum míssil balístico intercontinental, capaz de atingir o Alasca segundo especialistas, e exigiu novas sanções contra Pyongyang.
Já a Rússia bloqueou um projeto americano de declaração do Conselho de Segurança da ONU, pedindo "medidas significativas" contra Pyongyang.
Fricções sobre a Otan Moscou percebe toda expansão da Otan como um sinal de agressão. Em várias ocasiões, os russos consideraram que um aumento das forças da Aliança Atlântica nos países bálticos, na fronteira russa, afetava o equilíbrio de forças.
Por sua vez, o presidente americano Donald Trump pediu que a Otan se concentre principalmente nas "ameaças da Rússia", durante uma cúpula da Aliança no final de maio em Bruxelas.
vl/ylf/prh /mr
As relações entre os dois países estão em seu nível mais baixo, distante das promessas de campanha de Donald Trump de uma aproximação.
Síria, litígio máximoDonald Trump irritou Moscou ao ordenar a primeira resposta americana contra o regime sírio, aliado de Moscou, após um ataque químico em 4 de abril imputado às forças de Bashar al-Assad.
O presidente americano considerou ser "possível" que os russos estavam cientes do ataque e tratou o presidente sírio de "açougueiro" e "animal". Ele prometeu novas represálias em caso de novos ataques químicos.
A destruição de um avião sírio pelos Estados Unidos em 18 de junho, descrito como "agressão" por parte da Rússia, também adicionou combustível ao fogo.
Os americanos também temem a crescente rivalidade entre as forças que apoia no terreno na Síria e o exército do regime, num momento em que a batalha de Raqa, último grande reduto do Estados Islâmico (EI) no país, se acirra.
Pelas mesmas razões, no entanto, Donald Trump que fez da luta contra a EI uma prioridade, poderia ser tentado a procurar um terreno comum com Moscou antes de avançar para uma desescalada na Síria.
Ingerência russa, veneno lentoAs promessas de aproximação também foram afetadas pelas acusações de conluio entre a Rússia e membros da equipe de campanha de Donald Trump.
Várias pesquisas, incluindo uma conduzida pelo FBI, estão em curso sobre estas ligações com a Rússia. Donald Trump nega as acusações vigorosamente.
No entanto, ele admitiu na quinta-feira em Varsóvia que a Rússia, mas talvez também outros países, pode ter interferido na eleição americana.
Em outubro de 2016, todas as agências de inteligência dos Estados Unidos confirmaram publicamente uma ingerência de Moscou. Em janeiro de 2017, chegaram a dizer que Vladimir Putin lançou a ordem.
Ucrânia e sançõesNo final de março, a nova administração dos Estados Unidos condenou a "agressão" russa contra Kiev, referindo-se à anexação da Crimeia e ao suposto apoio russo aos rebeldes separatistas no leste da Ucrânia.
Em 20 de junho, os EUA anunciaram um reforço das sanções contra a Rússia para "manter a pressão" no caso da Ucrânia.
A Rússia nega qualquer apoio militar aos rebeldes pró-russos e, aproveitando-se da cúpula do G20, disse que as sanções americanas eram comparáveis a um protecionismo mascarado.
Coreia do Norte, nova linha vermelha Donald Trump prometeu uma resposta "severa" após o disparo na terça-feira pela Coreia do Norte d eum míssil balístico intercontinental, capaz de atingir o Alasca segundo especialistas, e exigiu novas sanções contra Pyongyang.
Já a Rússia bloqueou um projeto americano de declaração do Conselho de Segurança da ONU, pedindo "medidas significativas" contra Pyongyang.
Fricções sobre a Otan Moscou percebe toda expansão da Otan como um sinal de agressão. Em várias ocasiões, os russos consideraram que um aumento das forças da Aliança Atlântica nos países bálticos, na fronteira russa, afetava o equilíbrio de forças.
Por sua vez, o presidente americano Donald Trump pediu que a Otan se concentre principalmente nas "ameaças da Rússia", durante uma cúpula da Aliança no final de maio em Bruxelas.
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