Hamburgo, em estado de sítio na abertura da cúpula do G20
Hamburgo, 7 Jul 2017 (AFP) - Veículos incendiados, colunas de fumaça sobre a cidade, inúmeras manifestações e onipresença policial. O centro de Hamburgo parece estar em estado de sítio nesta sexta-feira, na abertura da cúpula do G20.
Segundo Benjamin Laub, de 53 anos, seu bairro se transformou em uma zona "em estado de exceção" há dias.
"Há uma semana os helicópteros são ouvidos constantemente, os ônibus não circulam, as pessoas deixam seus carros estacionados em casa e, pela primeira vez na Alemanha, carrego o meu passaporte quando saio" em razão dos controles policiais, reclama.
Milhares de manifestantes tomaram novamente as ruas nesta sexta-feira, primeiro dia da cúpula dos líderes das maiores economias do mundo e países emergentes. Desta vez, com o objetivo de bloquear o acesso ao local da reunião.
De fato, os cortejos diplomáticos levaram bastante tempo para conseguir atravessar o tumulto.
Segundo a polícia, os pneus da delegação canadense foram perfurados.
Muitos veículos, alguns deles da polícia, foram queimados e nuvens de fumaça negra cobriam parte do centro de Hamburgo e o bairro vizinho de Altona no início da manhã.
A imagem de algumas ruas de Altona era desoladora, com carros carbonizados e barricadas.
"Com 200 pessoas mostramos a milhões que é possível levar o protesto para as ruas, que não devemos aceitar tudo o que vem de cima", disse à AFP um dos manifestantes, que não quis se identificar por medo de represálias da polícia.
- 'Zona de guerra' -"Começamos a ver como é a vida em uma zona de guerra", afirma Benjamin Laub.
Alguns manifestantes também atiraram foguetes na direção dos helicópteros da polícia.
Em várias partes da cidade e nos cruzamentos que levam ao centro de congressos foram organizados sit-ins e correntes humanas.
E, a cada vez, uma cena se repetia: canhões de água para dispersar os manifestantes. A polícia também usou gás lacrimogêneo depois de ser alvo de tinta preta.
Um pouco mais adiante, vários manifestantes usaram guarda-chuvas para se proteger, sentados no chão, dos jatos de água da polícia.
Na quinta-feira à noite, os confrontos entre manifestantes e policiais deixaram um saldo de 111 agentes feridos, 29 pessoas detidas e 15 colocadas em prisão preventiva.
As autoridades esperam até 100.000 manifestantes ao longo de vários dias à margem do G20, o primeiro do presidente americano Donald Trump, que discutirá sobre o comércio e o clima.
O sindicato da polícia GdP condenou nesta sexta-feira "os ataques em massa de grupos extremistas violentos" e denunciou que os chamados 'black blocks' - grupos de manifestantes encapuzados associados ao movimento anarquista - "confiscaram as manifestações pacíficas".
Quase 20.000 policiais de toda a Alemanha foram mobilizados na cidade portuária em razão da cúpula, como uma medida de luta antiterrorista e para evitar a violência nas quase 30 passeatas convocadas.
fz-yap/ylf/cfe/sgf/es/mr
Segundo Benjamin Laub, de 53 anos, seu bairro se transformou em uma zona "em estado de exceção" há dias.
"Há uma semana os helicópteros são ouvidos constantemente, os ônibus não circulam, as pessoas deixam seus carros estacionados em casa e, pela primeira vez na Alemanha, carrego o meu passaporte quando saio" em razão dos controles policiais, reclama.
Milhares de manifestantes tomaram novamente as ruas nesta sexta-feira, primeiro dia da cúpula dos líderes das maiores economias do mundo e países emergentes. Desta vez, com o objetivo de bloquear o acesso ao local da reunião.
De fato, os cortejos diplomáticos levaram bastante tempo para conseguir atravessar o tumulto.
Segundo a polícia, os pneus da delegação canadense foram perfurados.
Muitos veículos, alguns deles da polícia, foram queimados e nuvens de fumaça negra cobriam parte do centro de Hamburgo e o bairro vizinho de Altona no início da manhã.
A imagem de algumas ruas de Altona era desoladora, com carros carbonizados e barricadas.
"Com 200 pessoas mostramos a milhões que é possível levar o protesto para as ruas, que não devemos aceitar tudo o que vem de cima", disse à AFP um dos manifestantes, que não quis se identificar por medo de represálias da polícia.
- 'Zona de guerra' -"Começamos a ver como é a vida em uma zona de guerra", afirma Benjamin Laub.
Alguns manifestantes também atiraram foguetes na direção dos helicópteros da polícia.
Em várias partes da cidade e nos cruzamentos que levam ao centro de congressos foram organizados sit-ins e correntes humanas.
E, a cada vez, uma cena se repetia: canhões de água para dispersar os manifestantes. A polícia também usou gás lacrimogêneo depois de ser alvo de tinta preta.
Um pouco mais adiante, vários manifestantes usaram guarda-chuvas para se proteger, sentados no chão, dos jatos de água da polícia.
Na quinta-feira à noite, os confrontos entre manifestantes e policiais deixaram um saldo de 111 agentes feridos, 29 pessoas detidas e 15 colocadas em prisão preventiva.
As autoridades esperam até 100.000 manifestantes ao longo de vários dias à margem do G20, o primeiro do presidente americano Donald Trump, que discutirá sobre o comércio e o clima.
O sindicato da polícia GdP condenou nesta sexta-feira "os ataques em massa de grupos extremistas violentos" e denunciou que os chamados 'black blocks' - grupos de manifestantes encapuzados associados ao movimento anarquista - "confiscaram as manifestações pacíficas".
Quase 20.000 policiais de toda a Alemanha foram mobilizados na cidade portuária em razão da cúpula, como uma medida de luta antiterrorista e para evitar a violência nas quase 30 passeatas convocadas.
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