Procuradoria do Equador vinculará vice-presidente a caso Odebrecht
Quito, 22 Ago 2017 (AFP) - A Procuradoria do Equador pedirá a vinculação do vice-presidente, Jorge Glas, a uma investigação penal por associação criminosa no caso de corrupção da Odebrecht. Glas garantiu nesta segunda-feira que não há "uma só prova" contra ele e que a justiça cedeu a pressões midiáticas.
O procurador-geral, Carlos Baca, anunciou que o organismo "solicitará à Corte Nacional de Justiça, se marque dia e hora para que se realize uma audiência de vinculação" contra Glas.
Embora o pedido não signifique uma denúncia nem uma acusação formal contra Glas, Bas afirmou que a audiência "só poderá acontecer com autorização prévia da Assembleia Nacional", por causa do foro especial do vice-presidente.
Glas, que considerou que foi "julgado pelos meios de comunicação e pelos políticos que perderam as eleições, se mostrou disposto a ser investigado na rede de corrupção de Odebrecht, na qual seu tio Ricardo Rivera está envolvido. "Esta nova etapa só constitui para mim uma nova oportunidade para demostrar minha inocência", disse.
O vice-presidente pediu aos legisladores da situação que "autorizem" a audiência para "acompanhar este caso no sistema de justiça, nas cortes nacionais, onde mais uma vez demostrarei minha inocência".
A Constituição equatoriana indica que para se abrir um processo penal contra o vice-presidente é necessário o voto favorável de dois terços (92 dos 137 deputados) do Congresso, cuja maioria é governista, mas que está dividida por uma disputa entre o presidente Lenín Moreno e seu antecessor, Rafael Correa.
- Pressão midiática -O procurador-geral acrescentou que "o pedido de vinculação se sustenta nos elementos de convicção recolhidos na instrução pelo delito de associação criminosa" no caso da entrega de milionários subornos a funcionários equatorianos por parte da construtora brasileira.
Glas afirmou ser vítima de um "ataque brutal" por parte da mídia e da oposição, que o acusa de estar envolvido também em outros casos de corrupção como o da petroleira estatal Petroecuador. "Acho que a enorme pressão midiática que se exerceu sobre a Procuradoria teve efeito porque, insisto, até a presente data não há uma só prova", expressou o vice-presidente.
Pouco depois do anúncio do procurador-geral, o presidente da Assembleia Nacional, José Serrano, escreveu em sua conta do Twitter que "assim que for apresentada na Assembleia (o pedido de audiência) será processada".
Da Bélgica, o ex-presidente Correa -um árduo defensor de Glas e duro crítico do governo de Moreno- qualificou de "show" o anúncio do procurador. "Continua o show. Sem prova alguma, a Procuradoria vincula o vice-presidente no caso Odebrecht. Não se respeitam princípios, somente pressões", escreveu o ex-presidente em sua conta do Twitter.
Glas, que desde 2007 foi responsável por setores estratégicos do Equador e a partir de 2013 se tornou vice-presidente, assegurou que a Procuradoria auditou em duas ocasiões seu patrimônio sem encontrar irregularidades. Sem exercer suas funções após publicar uma carta com críticas a Moreno, Glas disse que está confiante em que a justiça "atue não por pressão, mas com base no estado de direito".
As investigações em curso no Equador pelo caso Odebrecht, que teria uma rede de subornos de 33,5 milhões de dólares, deixa no país uma dezena de detidos no Equador, entre eles um tio de Glas e um ex-ministro de Eletricidade do governo de Correa. Além disso, há uma ordem de prisão contra o ex-controlador do Estado, Carlos Pólit, que está nos Estados Unidos.
O procurador-geral, Carlos Baca, anunciou que o organismo "solicitará à Corte Nacional de Justiça, se marque dia e hora para que se realize uma audiência de vinculação" contra Glas.
Embora o pedido não signifique uma denúncia nem uma acusação formal contra Glas, Bas afirmou que a audiência "só poderá acontecer com autorização prévia da Assembleia Nacional", por causa do foro especial do vice-presidente.
Glas, que considerou que foi "julgado pelos meios de comunicação e pelos políticos que perderam as eleições, se mostrou disposto a ser investigado na rede de corrupção de Odebrecht, na qual seu tio Ricardo Rivera está envolvido. "Esta nova etapa só constitui para mim uma nova oportunidade para demostrar minha inocência", disse.
O vice-presidente pediu aos legisladores da situação que "autorizem" a audiência para "acompanhar este caso no sistema de justiça, nas cortes nacionais, onde mais uma vez demostrarei minha inocência".
A Constituição equatoriana indica que para se abrir um processo penal contra o vice-presidente é necessário o voto favorável de dois terços (92 dos 137 deputados) do Congresso, cuja maioria é governista, mas que está dividida por uma disputa entre o presidente Lenín Moreno e seu antecessor, Rafael Correa.
- Pressão midiática -O procurador-geral acrescentou que "o pedido de vinculação se sustenta nos elementos de convicção recolhidos na instrução pelo delito de associação criminosa" no caso da entrega de milionários subornos a funcionários equatorianos por parte da construtora brasileira.
Glas afirmou ser vítima de um "ataque brutal" por parte da mídia e da oposição, que o acusa de estar envolvido também em outros casos de corrupção como o da petroleira estatal Petroecuador. "Acho que a enorme pressão midiática que se exerceu sobre a Procuradoria teve efeito porque, insisto, até a presente data não há uma só prova", expressou o vice-presidente.
Pouco depois do anúncio do procurador-geral, o presidente da Assembleia Nacional, José Serrano, escreveu em sua conta do Twitter que "assim que for apresentada na Assembleia (o pedido de audiência) será processada".
Da Bélgica, o ex-presidente Correa -um árduo defensor de Glas e duro crítico do governo de Moreno- qualificou de "show" o anúncio do procurador. "Continua o show. Sem prova alguma, a Procuradoria vincula o vice-presidente no caso Odebrecht. Não se respeitam princípios, somente pressões", escreveu o ex-presidente em sua conta do Twitter.
Glas, que desde 2007 foi responsável por setores estratégicos do Equador e a partir de 2013 se tornou vice-presidente, assegurou que a Procuradoria auditou em duas ocasiões seu patrimônio sem encontrar irregularidades. Sem exercer suas funções após publicar uma carta com críticas a Moreno, Glas disse que está confiante em que a justiça "atue não por pressão, mas com base no estado de direito".
As investigações em curso no Equador pelo caso Odebrecht, que teria uma rede de subornos de 33,5 milhões de dólares, deixa no país uma dezena de detidos no Equador, entre eles um tio de Glas e um ex-ministro de Eletricidade do governo de Correa. Além disso, há uma ordem de prisão contra o ex-controlador do Estado, Carlos Pólit, que está nos Estados Unidos.
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