Trump mostra solidariedade no Texas diante de destruição do Harvey
Houston, Estados Unidos, 30 Ago 2017 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou nesta terça-feira as zonas do estado do Texas afetadas pelas inundações provocadas pela tempestade Harvey, e enviou uma mensagem de solidariedade e liderança diante da catástrofe, enquanto a Costa do Golfo se prepara para mais chuvas torrenciais.
Quatro dias depois de Harvey tocar a terra como um furacão de categoria quatro, provocando um dilúvio sem precedentes que transformou as ruas de Houston - a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos - em rios, as equipes de emergência continuam tentando salvar centenas de afetados em uma frenética operação de resgate.
Com um boné com a sigla "USA" (EUA) e balançando uma bandeira do Texas, Trump tentou passar um tom de unidade ao visitar com sua esposa, Melania, a cidade de Corpus Christi, elogiando o trabalho de funcionários locais e federais em resposta ao primeiro desastre natural da sua presidência.
"Queremos que em cinco ou dez anos nos digam que reagimos como tinha que ser feito", disse o presidente, indicando que a subida das águas ganhou uma dimensão "épica".
"Mas aconteceu no Texas, e o Texas pode enfrentar qualquer coisa", assegurou.
O balanço de mortos pela tempestade, que se dirige ao estado vizinho de Luisiana, subiu oficialmente para quatro. Entre eles há um policial que desapareceu no domingo e foi encontrado por mergulhadores dois dias depois.
À noite, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, anunciou em coletiva de imprensa a imposição imediata de um toque de recolher entre as 22h00 e as 05h00 locais (00H00 e 07H00 de Brasília) para evitar saques.
"Temos milhares de pessoas que estão fora de suas casas, em abrigos, esperando que a água baixe", disse Turner.
"Por causa da situação atual e do fato de que tantas pessoas estão fora de suas casas, e por ainda ser perigoso estar nas estradas tarde da noite, eu decidi impor um toque de recolher a partir de hoje", explicou.
O chefe de polícia da cidade, Art Acevedo, disse ter recomendado a mudança ao prefeito depois de vários relatos de saques na cidade, alguns cometidos por assaltantes armados.
As autoridades esperam alocar um total de 30.000 pessoas em abrigos, e estimam que 450.000 peçam assistência ao governo federal.
"Ainda estamos em grande parte na fase de emergência, onde salvar vidas e garantir a segurança dos habitantes é uma prioridade", disse em teleconferência um funcionário de alto escalão da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).
Mas as chuvas provocadas por Harvey, que bateram o recorde de precipitações por um só ciclone nos Estados Unidos, segundo as autoridades meteorológicas, continuarão.
A chuva continua sendo a "maior ameaça", disse à AFP Dennis Feltgen, porta-voz do Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.
"Isto não acabou", advertiu, qualificando a situação de "catastrófica".
No condado de Harris, no sudeste do estado, moradores da área próxima a uma indústria química que produz peróxidos orgânicos foram evacuados preventivamente. As instalações da indústria, pertencente ao grupo francês Arkema, estão inundadas e alguns produtos químicos produzidos podem reagir e iniciar um incêndio que provocaria fumaça negra.
- "SAIAM AGORA!" -Trump prometeu o apoio do governo federal no "longo e difícil caminho da recuperação" do Texas, o segundo maior estado do país, onde 8.000 pessoas foram levadas para abrigos de emergência e centenas ainda esperam ser resgatadas dos alagamentos.
"Somos fãs de Trump. Confiamos em que cuidará de nós", disse Darla Fitzgerald, enfermeira de 58 anos que estava em um abrigo da Cruz Vermelha em Winnie, cidade a leste de Houston, onde chovia forte nesta terça.
"Amamos vocês, são especiais, estamos aqui para cuidar de vocês", disse o presidente na saída de uma reunião.
Não se espera que Trump visite Houston, que permanece em boa parte debaixo d'água para não atrapalhar as tarefas de resgate, informou a Casa Branca.
Nesta cidade, que tem 2,3 milhões de habitantes e seis milhões na área metropolitana, a ameaça de uma subida das águas é constante.
A arremetida da tempestade na capital da indústria petroleira americana perturba o setor pela suspensão das atividades de refinarias, embora os investidores afirmem contar com reservas de petróleo suficientes.
Socorristas continuavam nesta terça-feira com as tarefas de resgate, e as autoridades urgiam que abandonassem as áreas de perigo, como a de Columbia Lakes, ao sul da cidade, onde foi emitida uma ordem de evacuação imediata após o rompimento de um dique.
"SAIAM AGORA!", tuitaram as autoridades do condado de Brazoria.
O Corpo de Engenheiros do Exército decidiu abrir as comportas de duas represas com risco de transbordamento para evitar uma catástrofe na periferia de Houston.
Andrea Aviles, de 16 anos, deixou sua casa com a família e agora espera em Winnie com cerca de outras 30 famílias de origem mexicana que a tempestade acabe, abrigada no hotel onde sua mãe trabalha.
As aulas deveriam começar na segunda-feira, mas sua vida está de cabeça para baixo por conta do Harvey. "Nunca vi algo assim", assegurou à AFP.
- Nova Orleans se prepara - Harvey se desloca para o leste e se espera que toque terra novamente na noite desta terça-feira ou na madrugada de quarta.
Nova Orleans, que nesta terça relembra o 12º aniversário do devastador furacão Katrina, que deixou 1.800 mortos, se preparava para fortes chuvas e inundações repentinas nos próximos dois dias.
A famosa cidade do jazz e do carnaval é particularmente vulnerável porque tem zonas construídas abaixo do nível do mar e já sofreu outra grande inundação no início deste mês, que se complicou por falhas em seu sistema de drenagem.
bur-ad/cd/cb/mvv/db
RODRIGUEZ GROUP
Quatro dias depois de Harvey tocar a terra como um furacão de categoria quatro, provocando um dilúvio sem precedentes que transformou as ruas de Houston - a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos - em rios, as equipes de emergência continuam tentando salvar centenas de afetados em uma frenética operação de resgate.
Com um boné com a sigla "USA" (EUA) e balançando uma bandeira do Texas, Trump tentou passar um tom de unidade ao visitar com sua esposa, Melania, a cidade de Corpus Christi, elogiando o trabalho de funcionários locais e federais em resposta ao primeiro desastre natural da sua presidência.
"Queremos que em cinco ou dez anos nos digam que reagimos como tinha que ser feito", disse o presidente, indicando que a subida das águas ganhou uma dimensão "épica".
"Mas aconteceu no Texas, e o Texas pode enfrentar qualquer coisa", assegurou.
O balanço de mortos pela tempestade, que se dirige ao estado vizinho de Luisiana, subiu oficialmente para quatro. Entre eles há um policial que desapareceu no domingo e foi encontrado por mergulhadores dois dias depois.
À noite, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, anunciou em coletiva de imprensa a imposição imediata de um toque de recolher entre as 22h00 e as 05h00 locais (00H00 e 07H00 de Brasília) para evitar saques.
"Temos milhares de pessoas que estão fora de suas casas, em abrigos, esperando que a água baixe", disse Turner.
"Por causa da situação atual e do fato de que tantas pessoas estão fora de suas casas, e por ainda ser perigoso estar nas estradas tarde da noite, eu decidi impor um toque de recolher a partir de hoje", explicou.
O chefe de polícia da cidade, Art Acevedo, disse ter recomendado a mudança ao prefeito depois de vários relatos de saques na cidade, alguns cometidos por assaltantes armados.
As autoridades esperam alocar um total de 30.000 pessoas em abrigos, e estimam que 450.000 peçam assistência ao governo federal.
"Ainda estamos em grande parte na fase de emergência, onde salvar vidas e garantir a segurança dos habitantes é uma prioridade", disse em teleconferência um funcionário de alto escalão da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).
Mas as chuvas provocadas por Harvey, que bateram o recorde de precipitações por um só ciclone nos Estados Unidos, segundo as autoridades meteorológicas, continuarão.
A chuva continua sendo a "maior ameaça", disse à AFP Dennis Feltgen, porta-voz do Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.
"Isto não acabou", advertiu, qualificando a situação de "catastrófica".
No condado de Harris, no sudeste do estado, moradores da área próxima a uma indústria química que produz peróxidos orgânicos foram evacuados preventivamente. As instalações da indústria, pertencente ao grupo francês Arkema, estão inundadas e alguns produtos químicos produzidos podem reagir e iniciar um incêndio que provocaria fumaça negra.
- "SAIAM AGORA!" -Trump prometeu o apoio do governo federal no "longo e difícil caminho da recuperação" do Texas, o segundo maior estado do país, onde 8.000 pessoas foram levadas para abrigos de emergência e centenas ainda esperam ser resgatadas dos alagamentos.
"Somos fãs de Trump. Confiamos em que cuidará de nós", disse Darla Fitzgerald, enfermeira de 58 anos que estava em um abrigo da Cruz Vermelha em Winnie, cidade a leste de Houston, onde chovia forte nesta terça.
"Amamos vocês, são especiais, estamos aqui para cuidar de vocês", disse o presidente na saída de uma reunião.
Não se espera que Trump visite Houston, que permanece em boa parte debaixo d'água para não atrapalhar as tarefas de resgate, informou a Casa Branca.
Nesta cidade, que tem 2,3 milhões de habitantes e seis milhões na área metropolitana, a ameaça de uma subida das águas é constante.
A arremetida da tempestade na capital da indústria petroleira americana perturba o setor pela suspensão das atividades de refinarias, embora os investidores afirmem contar com reservas de petróleo suficientes.
Socorristas continuavam nesta terça-feira com as tarefas de resgate, e as autoridades urgiam que abandonassem as áreas de perigo, como a de Columbia Lakes, ao sul da cidade, onde foi emitida uma ordem de evacuação imediata após o rompimento de um dique.
"SAIAM AGORA!", tuitaram as autoridades do condado de Brazoria.
O Corpo de Engenheiros do Exército decidiu abrir as comportas de duas represas com risco de transbordamento para evitar uma catástrofe na periferia de Houston.
Andrea Aviles, de 16 anos, deixou sua casa com a família e agora espera em Winnie com cerca de outras 30 famílias de origem mexicana que a tempestade acabe, abrigada no hotel onde sua mãe trabalha.
As aulas deveriam começar na segunda-feira, mas sua vida está de cabeça para baixo por conta do Harvey. "Nunca vi algo assim", assegurou à AFP.
- Nova Orleans se prepara - Harvey se desloca para o leste e se espera que toque terra novamente na noite desta terça-feira ou na madrugada de quarta.
Nova Orleans, que nesta terça relembra o 12º aniversário do devastador furacão Katrina, que deixou 1.800 mortos, se preparava para fortes chuvas e inundações repentinas nos próximos dois dias.
A famosa cidade do jazz e do carnaval é particularmente vulnerável porque tem zonas construídas abaixo do nível do mar e já sofreu outra grande inundação no início deste mês, que se complicou por falhas em seu sistema de drenagem.
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