Intensa busca internacional por submarino argentino perdido
Bahía Blanca, Argentina, 27 Nov 2017 (AFP) - A difícil busca pelo submarino argentino "ARA San Juan", perdido no Atlântico Sul, continuava nesta segunda-feira com o rastreamento realizado por uma coalizão internacional em um ambiente "extremo e adverso".
"Infelizmente ainda não temos a localização ou detecção do submarino San Juan", informou nesta segunda em Buenos Aires o porta-voz da Armada, Enrique Balbi.
A busca do submarino e de seus 44 tripulantes se concentrava em um raio de 36 quilômetros dentro da área geral de rastreamento no Atlântico Sul, a cerca de 450 quilômetros da costa da Patagônia.
"Depois de 12 dias de buscas, a situação, o ambiente, não param de ser extremos e adversos", mas "não podemos confirmar nem sermos categóricos até termos mais evidências", acrescentou.
"Todos os meios estão mobilizados" para localizá-lo, assegurou Balbi.
Detalhou que o navio "Skandi Patagônia" mapeava o fundo do mar com a ajuda de outros cinco barcos de diferentes nacionalidades.
As condições meteorológicas eram "regulares" nesta segunda-feira, mas poderiam se complicar com o passar das horas, segundo a Armada.
Catorze países participam da operação, mas os que contam com "tecnologia e meios modernos mais adequados são Estados Unidos e Rússia, como um legado do desenvolvimento na Guerra Fria", indicou à AFP o engenheiro naval e especialista em submarinos Horacio Tettamanti.
A embarcação foi projetada para não ser notada. "A detecção de um submarino é um processo muito difícil e há muitos fatores que entram no jogo, como o clima", disse Adam Slavinsky, piloto de um avião P-8 da Marinha dos Estados Unidos.
A aeronave americana assentou sua base de operações em Puerto Belgrano, a maior unidade da Armada (Marinha de guerra) da Argentina. De lá são coordenadas as missões de busca.
Dois aviões americanos, equipados com câmeras e escaneadores, realizam as operações de busca durante as 24 horas do dia com três equipes.
Estas aeronaves também lançam boias com sensores para tentar detectar o submarino em profundidade, comprovou um cinegrafista da AFP a bordo da missão.
No domingo, um minissubmarino de resgate levado ao país pela Marinha dos Estados Unidos zarpou do porto de Comodoro Rivadavia, a 1.750 quilômetros ao sul de Buenos Aires, a bordo de um navio civil de bandeira norueguesa.
A cápsula chegará nesta segunda à área de busca pronta para submergir a até 610 metros de profundidade e se acoplar ao "ARA San Juan", caso seja encontrado, para realizar o eventual resgate.
Outro minissubmarino, de origem russa e equipado para escanear o fundo do mar, será levado à área de busca nos próximos dias.
Tettamanti considera que após 14 dias não há mais possibilidade de encontrar sobreviventes.
A última comunicação do "ARA San Juan" ocorreu na quarta-feira, 15 de novembro, às 13h45 GMT (11h45 de Brasília). Havia tido um problema com as baterias.
O motivo do desaparecimento "pode ser uma explosão, um incêndio, ou uma repentina inundação", conjecturou Tettamanti.
A Armada considera que os marinheiros ainda podem estar "em condições de sobrevivência extrema".
dm-mel/ap/yow/cb
"Infelizmente ainda não temos a localização ou detecção do submarino San Juan", informou nesta segunda em Buenos Aires o porta-voz da Armada, Enrique Balbi.
A busca do submarino e de seus 44 tripulantes se concentrava em um raio de 36 quilômetros dentro da área geral de rastreamento no Atlântico Sul, a cerca de 450 quilômetros da costa da Patagônia.
"Depois de 12 dias de buscas, a situação, o ambiente, não param de ser extremos e adversos", mas "não podemos confirmar nem sermos categóricos até termos mais evidências", acrescentou.
"Todos os meios estão mobilizados" para localizá-lo, assegurou Balbi.
Detalhou que o navio "Skandi Patagônia" mapeava o fundo do mar com a ajuda de outros cinco barcos de diferentes nacionalidades.
As condições meteorológicas eram "regulares" nesta segunda-feira, mas poderiam se complicar com o passar das horas, segundo a Armada.
Catorze países participam da operação, mas os que contam com "tecnologia e meios modernos mais adequados são Estados Unidos e Rússia, como um legado do desenvolvimento na Guerra Fria", indicou à AFP o engenheiro naval e especialista em submarinos Horacio Tettamanti.
A embarcação foi projetada para não ser notada. "A detecção de um submarino é um processo muito difícil e há muitos fatores que entram no jogo, como o clima", disse Adam Slavinsky, piloto de um avião P-8 da Marinha dos Estados Unidos.
A aeronave americana assentou sua base de operações em Puerto Belgrano, a maior unidade da Armada (Marinha de guerra) da Argentina. De lá são coordenadas as missões de busca.
Dois aviões americanos, equipados com câmeras e escaneadores, realizam as operações de busca durante as 24 horas do dia com três equipes.
Estas aeronaves também lançam boias com sensores para tentar detectar o submarino em profundidade, comprovou um cinegrafista da AFP a bordo da missão.
No domingo, um minissubmarino de resgate levado ao país pela Marinha dos Estados Unidos zarpou do porto de Comodoro Rivadavia, a 1.750 quilômetros ao sul de Buenos Aires, a bordo de um navio civil de bandeira norueguesa.
A cápsula chegará nesta segunda à área de busca pronta para submergir a até 610 metros de profundidade e se acoplar ao "ARA San Juan", caso seja encontrado, para realizar o eventual resgate.
Outro minissubmarino, de origem russa e equipado para escanear o fundo do mar, será levado à área de busca nos próximos dias.
Tettamanti considera que após 14 dias não há mais possibilidade de encontrar sobreviventes.
A última comunicação do "ARA San Juan" ocorreu na quarta-feira, 15 de novembro, às 13h45 GMT (11h45 de Brasília). Havia tido um problema com as baterias.
O motivo do desaparecimento "pode ser uma explosão, um incêndio, ou uma repentina inundação", conjecturou Tettamanti.
A Armada considera que os marinheiros ainda podem estar "em condições de sobrevivência extrema".
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