Topo

Mais de 30 senadores democratas pedem a renúncia de colega acusado de assédio sexual

Senador democrata Al Franken - Carolyn Kaster/AP
Senador democrata Al Franken Imagem: Carolyn Kaster/AP

Em Washington

06/12/2017 19h08Atualizada em 06/12/2017 20h29

Cada vez mais senadores e senadoras democratas dos Estados Unidos pediam nesta quarta-feira (6) ao colega Al Franken que renuncie a seu posto no Senado, após ter sido acusado por várias mulheres de comportamento sexual indevido. O senador por Minnesota, de 66 anos, declarou que fará um anúncio na quinta-feira.

Trinta e dois senadores -- 13 das 16 senadoras democratas, assim como 19 de seus colegas homens, romperam com Franken, que enfrenta uma investigação da comissão de ética do Senado por ter passado a mão em mulheres enquanto tiravam fotos com ele, e também por ter tocado e beijado sem consentimento pelo menos uma mulher, antes de ocupar seu assento no Senado em 2009, e enquanto era um conhecido comediante.

Veja também:


"Estou abalada e decepcionada após saber nas últimas semanas que um colega que eu gostava pessoalmente teve um comportamento inaceitável com as mulheres", escreveu a senadora por Nova York, Kirsten Gillibrand, em uma longa mensagem no Facebook.

A senadora pelo estado de Washington, Patty Murray, disse estar "aterrorizada pelo comportamento do senador Franken". "É evidente que é um problema profundamente nefasto e persistente, e que se manteve no tempo. É hora de se retirar", assegurou.

Antes de ser senador, Franken era um importante comediante, escritor e radialista que fez seu nome no programa satírico da televisão americana "Saturday Night Live".

O legislador pediu desculpas por seu comportamento e até agora evitou renunciar.

Na terça-feira, o membro mais antigo do Congresso, o deputado democrata John Conyers, renunciou a seu cargo em meio a acusações de assédio sexual por parte de antigas funcionárias.

Se Franken decidir sair, o governador democrata de Minnesota deverá designar seu substituto e organizar uma eleição.