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Chefes de ONG teriam contratado sexo de sobreviventes logo após terremoto no Haiti, diz jornal

Roland van Hauwermeiren, ex-diretor da Oxfam para o Haiti - Reprodução/The Times
Roland van Hauwermeiren, ex-diretor da Oxfam para o Haiti Imagem: Reprodução/The Times

09/02/2018 01h13

Funcionários da ONG Oxfam contrataram prostitutas no Haiti durante a operação de ajuda posterior ao terremoto que destruiu o país, denunciou nesta sexta-feira um jornal britânico, enquanto a organização negou que tenha havido encobrimento.

Segundo o jornal The Times, depois do terremoto de 2010 que devastou a ilha e deixou cerca de 300 mil mortos, a cúpula da organização contratou jovens prostitutas.

Grupos de jovens prostitutas foram convidadas a casas e hospedagens pagas pela organização para festas sexuais, segundo uma fonte que assegurou ter visto imagens de uma orgia em que prostitutas usavam camisetas da Oxfam.

A organização lançou uma investigação interna em 2011 que determinou que havia uma "cultura da impunidade" entre alguns funcionários mas que foi incapaz de saber se algumas das prostitutas eram menores de idade, assegurou o jornal.

O jornal The Times afirmou que o diretor da Oxfam para o país, Roland van Hauwermeiren, renunciou sem que houvesse nenhuma ação disciplinar. Ele teria admitido ter contratado prostitutas.

Em resposta à publicação, a Oxfam negou estar por trás de um "encobrimento" para proteger sua reputação. "A Oxfam administra as acusações de má conduta com extrema seriedade", disse um porta-voz da ONG à AFP.

A Oxfam admitiu que houve acusações de envolvimento de meninas menores de idade, mas disse que elas "não foram provadas".

"Vários membros do pessoal foram despedidos como resultado da investigação. Outros deixaram a organização antes que esta fosse concluída", indicou a representante.