Polícia prende amigos de Temer em investigação sobre portos
Rio de Janeiro, 29 Mar 2018 (AFP) - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira várias pessoas ligadas ao presidente Michel Temer no âmbito de uma investigação sobre supostas irregularidades na concessão e administração de instalações portuárias, em um novo escândalo que envolve políticos de primeiro plano.
Os detidos são José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente; o ex-coronel da Polícia Militar João Batista Lima, também amigo de Temer; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e Antônio Celso Greco, dono da empresa Rodrimar.
As prisões temporárias de até cinco dias foram decretadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no âmbito da Operação Skala. O processo corre sob segredo de Justiça.
"Temos a mais absoluta convicção de que havendo clareza e imparcialidade na condução das investigações (...) ao final ficará esclarecida a inocência do presidente", afirmou aos jornalistas o ministro da Secretária do Governo, Carlos Marun.
"Isso não enfraquece o governo porque o presidente Temer não tem nada a ver com isso", enfatizou.
A operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga se Temer recebeu propina para emitir em maio de 2017 um decreto beneficiando empresas do setor portuário.
O caso envolve a empresa Rodrimar, que já apareceu em uma das duas denúncias por corrupção que, em 2017, converteram Temer no primeiro presidente da história brasileira a ser acusado formalmente durante seu mandato. As duas acusações foram bloqueadas pela Câmara de Deputados.
A PF indiciou que não comentará a operação por ordem do STF, que tramita os casos de funcionários com foro privilegiado e de pessoas cujo estreito vínculo com as investigações impede derivar suas expedientes à justiça ordinária.
O advogado de Yunes, José Luis Oliveira Lima, considerou, em nota, "inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania", afirmou ao G1.
A firma Rodrimar assegurou, por sua vez, que tanto a empresa como seu presidente ficaram surpreendidos com a operação, e que a companhia "jamais pagou propina a nenhum agente público e nunca autorizou que ninguém fizesse isso em seu nome", em seus mais de 70 anos de existência.
O grupo Libra se limitou a confirmar que um de seus acionistas já havia prestado depoimento ante a polícia, mas que não seriam dados mais detalhes até que seus advogados possam ter acesso aos documentos da investigação, segundo a assessoria de comunicação.
Os advogados de Temer sustentam que o decreto presidencial apenas validou concessões iniciadas em 1993 e atribuídas através de licitações.
As investigações começaram em 2017 com base nas delações premiadas de executivos do grupo J&F, dono da JBS.
Baseado nessas confissões, o ex-Procurador-geral Rodrigo Janot encaminhou as duas denúncias contra Temer, que finalmente foram barradas. Em ao menos uma delas, aparecem os nomes de Yunes, Grecco e Lima.
O ex-procurador-geral Janot, que foi duramente criticado pelo governo durante a crise política desatada pelas delações, reproduziu a notícia das prisões em seu Twitter.
O chamado Decreto dos Portos estendeu de 25 a 35 anos os prazos dos contratos de concessão e aluguel de instalações portuárias.
Os detidos são José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente; o ex-coronel da Polícia Militar João Batista Lima, também amigo de Temer; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e Antônio Celso Greco, dono da empresa Rodrimar.
As prisões temporárias de até cinco dias foram decretadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no âmbito da Operação Skala. O processo corre sob segredo de Justiça.
"Temos a mais absoluta convicção de que havendo clareza e imparcialidade na condução das investigações (...) ao final ficará esclarecida a inocência do presidente", afirmou aos jornalistas o ministro da Secretária do Governo, Carlos Marun.
"Isso não enfraquece o governo porque o presidente Temer não tem nada a ver com isso", enfatizou.
A operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga se Temer recebeu propina para emitir em maio de 2017 um decreto beneficiando empresas do setor portuário.
O caso envolve a empresa Rodrimar, que já apareceu em uma das duas denúncias por corrupção que, em 2017, converteram Temer no primeiro presidente da história brasileira a ser acusado formalmente durante seu mandato. As duas acusações foram bloqueadas pela Câmara de Deputados.
A PF indiciou que não comentará a operação por ordem do STF, que tramita os casos de funcionários com foro privilegiado e de pessoas cujo estreito vínculo com as investigações impede derivar suas expedientes à justiça ordinária.
O advogado de Yunes, José Luis Oliveira Lima, considerou, em nota, "inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania", afirmou ao G1.
A firma Rodrimar assegurou, por sua vez, que tanto a empresa como seu presidente ficaram surpreendidos com a operação, e que a companhia "jamais pagou propina a nenhum agente público e nunca autorizou que ninguém fizesse isso em seu nome", em seus mais de 70 anos de existência.
O grupo Libra se limitou a confirmar que um de seus acionistas já havia prestado depoimento ante a polícia, mas que não seriam dados mais detalhes até que seus advogados possam ter acesso aos documentos da investigação, segundo a assessoria de comunicação.
Os advogados de Temer sustentam que o decreto presidencial apenas validou concessões iniciadas em 1993 e atribuídas através de licitações.
As investigações começaram em 2017 com base nas delações premiadas de executivos do grupo J&F, dono da JBS.
Baseado nessas confissões, o ex-Procurador-geral Rodrigo Janot encaminhou as duas denúncias contra Temer, que finalmente foram barradas. Em ao menos uma delas, aparecem os nomes de Yunes, Grecco e Lima.
O ex-procurador-geral Janot, que foi duramente criticado pelo governo durante a crise política desatada pelas delações, reproduziu a notícia das prisões em seu Twitter.
O chamado Decreto dos Portos estendeu de 25 a 35 anos os prazos dos contratos de concessão e aluguel de instalações portuárias.
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