Ópera húngara cancela 15 apresentações de 'Billy Elliot' após campanha homofóbica
Budapeste, 21 Jun 2018 (AFP) - A Ópera nacional húngara anunciou nesta quinta-feira que teve que cancelar 15 apresentações do musical "Billy Elliot" em Budapeste após uma campanha de imprensa homofóbica.
"A campanha negativa das últimas semanas em relação à produção 'Billy Elliot' fez cair de forma significativa a venda de ingressos", explicou o diretor da instituição, Szilveszter Okovacs, citado pelo jornal húngaro on-line 444.hu.
O musical "Billy Elliot", inspirado no filme homônimo do diretor britânico Stephen Daldry (2000), conta a história de um adolescente de um bairro modesto que escolhe se dedicar à dança clássica em vez do boxe, e acaba se tornando um bailarino estrela.
O anúncio da entrada em cartaz deste espetáculo motivou intensos ataques por parte do jornal Magyar Idok, próximo ao governo do ultraconservador Viktor Orban. O jornal afirmou, entre outras coisas, que a produção ameaçava transformar as crianças húngaras em "homossexuais".
Para 444.hu, o cancelamento do espetáculo se deve mais às pressões políticas que às econômicas, já que as vendas antecipadas foram um sucesso, segundo o jornal independente.
As campanhas homofóbicas se multiplicaram nas últimas semanas na Hungria. Na terça-feira, o semanário Figyelö, também próximo a Orban, publicou uma lista de pesquisadores da Academia Húngara de Ciências apontados por trabalhar com os direitos dos homossexuais.
"A campanha negativa das últimas semanas em relação à produção 'Billy Elliot' fez cair de forma significativa a venda de ingressos", explicou o diretor da instituição, Szilveszter Okovacs, citado pelo jornal húngaro on-line 444.hu.
O musical "Billy Elliot", inspirado no filme homônimo do diretor britânico Stephen Daldry (2000), conta a história de um adolescente de um bairro modesto que escolhe se dedicar à dança clássica em vez do boxe, e acaba se tornando um bailarino estrela.
O anúncio da entrada em cartaz deste espetáculo motivou intensos ataques por parte do jornal Magyar Idok, próximo ao governo do ultraconservador Viktor Orban. O jornal afirmou, entre outras coisas, que a produção ameaçava transformar as crianças húngaras em "homossexuais".
Para 444.hu, o cancelamento do espetáculo se deve mais às pressões políticas que às econômicas, já que as vendas antecipadas foram um sucesso, segundo o jornal independente.
As campanhas homofóbicas se multiplicaram nas últimas semanas na Hungria. Na terça-feira, o semanário Figyelö, também próximo a Orban, publicou uma lista de pesquisadores da Academia Húngara de Ciências apontados por trabalhar com os direitos dos homossexuais.
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