Itália precisa dos imigrantes para cobrir pagamento de aposentadorias
Roma, 4 Jul 2018 (AFP) - A Itália precisa dos imigrantes para cobrir o pagamento das aposentadorias - alertou nesta quarta-feira (4) o diretor do Instituto para a Previdência Social (Inps), Tito Boeri, o que irritou o ministro do Interior, Matteo Salvini, defensor de uma linha dura contra a migração.
Parar o fluxo migratório poderia causar, em cinco anos, a perda de toda a população de uma cidade tão grande quanto Turim, indicou o funcionário em uma audiência no Parlamento.
A Itália, que entrou em 2015 em declínio demográfico, perdeu 100 mil habitantes nos últimos dois anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística, fenômeno que gera preocupação em alguns setores.
Com o freio à imigração prometido pelo novo governo, parariam de contribuir para a Previdência cerca de 700 mil estrangeiros menores de 34 anos em cinco anos, ressaltou Boeri, que pediu às autoridades que garantam o fluxo migratório legal.
"Isso poderia manter o equilíbrio dos fundos de pensão", assegurou Boeri.
Tais advertências foram dirigidas ao governo de coalizão formado pela direita e xenófoba Liga de Matteo Salvini e os antissistemas do Movimento 5 Estrelas, que prometeu reformar o polêmico sistema previdenciário.
A reforma do governo custaria entre 18 e 20 bilhões de euros, segundo Boeri, que pede ao invés da reforma uma atualização da antiga lei, chamada Fornero, que adiou a idade de aposentadoria.
"Neste país, os jovens sempre sofrem, porque, independentemente do resultado das eleições, todos os governos propõem medidas em favor dos aposentados", lamentou Boeri.
Para o diretor do Inps, a Itália precisa da força de trabalho imigrante para tarefas que os italianos não estão dispostos a cumprir, como de cuidador de idosos e trabalhadores agrícolas.
As recomendações de Boeri provocaram a ira de Salvini, que reagiu no Twitter. "Você brinca com a política e ignora o desejo de tantos italianos que querem trabalhar e educar seus filhos", escreveu ele. "Onde você mora, em Marte?", lançou.
bur-kv/jz/mr/tt
Parar o fluxo migratório poderia causar, em cinco anos, a perda de toda a população de uma cidade tão grande quanto Turim, indicou o funcionário em uma audiência no Parlamento.
A Itália, que entrou em 2015 em declínio demográfico, perdeu 100 mil habitantes nos últimos dois anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística, fenômeno que gera preocupação em alguns setores.
Com o freio à imigração prometido pelo novo governo, parariam de contribuir para a Previdência cerca de 700 mil estrangeiros menores de 34 anos em cinco anos, ressaltou Boeri, que pediu às autoridades que garantam o fluxo migratório legal.
"Isso poderia manter o equilíbrio dos fundos de pensão", assegurou Boeri.
Tais advertências foram dirigidas ao governo de coalizão formado pela direita e xenófoba Liga de Matteo Salvini e os antissistemas do Movimento 5 Estrelas, que prometeu reformar o polêmico sistema previdenciário.
A reforma do governo custaria entre 18 e 20 bilhões de euros, segundo Boeri, que pede ao invés da reforma uma atualização da antiga lei, chamada Fornero, que adiou a idade de aposentadoria.
"Neste país, os jovens sempre sofrem, porque, independentemente do resultado das eleições, todos os governos propõem medidas em favor dos aposentados", lamentou Boeri.
Para o diretor do Inps, a Itália precisa da força de trabalho imigrante para tarefas que os italianos não estão dispostos a cumprir, como de cuidador de idosos e trabalhadores agrícolas.
As recomendações de Boeri provocaram a ira de Salvini, que reagiu no Twitter. "Você brinca com a política e ignora o desejo de tantos italianos que querem trabalhar e educar seus filhos", escreveu ele. "Onde você mora, em Marte?", lançou.
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