Chuvas deixam 179 mortos no oeste do Japão
Tóquio, 11 Jul 2018 (AFP) - Ao menos 179 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra provocados por chuvas torrenciais na região oeste do Japão e as equipes de emergência lutam para encontrar sobreviventes entre os escombros, uma possibilidade cada vez mais remota.
O porta-voz do governo confirmou nesta quarta-feira as 179 mortes e advertiu que há várias pessoas desaparecidas na maior tragédia provocada por um fenômeno meteorológico no Japão desde 1982.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que cancelou uma viagem a vários países da Europa e do Oriente Médio, partiu de Tóquio na manhã desta quarta rumo à província de Okayama, uma das mais afetadas, ao lado de Hiroshima.
Mais de 10 mil pessoas que abandonaram suas casas permaneciam em refúgios no centro e oeste do Japão.
"Os 75.000 policiais, bombeiros, soldados das Forças de Autodefesa (nome do exército japonês) e da Guarda Costeira fazem o possível para ajudar os afetados, declarou o porta-voz do governo Yoshihide Suga.
As buscas e trabalhos de limpeza prosseguem sob um intenso sol, com temperaturas previstas de 35ºC.
Nas atuais circunstâncias os socorristas precisam "de uma grande vigilância" pelo risco de insolação e ondas de calor, assim como pela possibilidade de novos deslizamentos de terra, disse o porta-voz.
As fortes chuvas registradas entre sexta-feira e domingo provocaram grandes inundações, ondas de lama e muitos danos, que deixaram vários moradores bloqueados, apesar das ordens - não obrigatórias - e recomendações para que milhões de pessoas abandonassem suas casas.
No bairro Mabi de Kurashiki, a água começa a diminuir de nível, deixando uma camada de barro.
Se não fosse pela presença de placas em japonês, a cena seria similar a algo visto no Velho Oeste.
Socorristas percorriam as ruas cobertas de destroços arrastados pela corrente, enquanto os moradores começavam a limpar a região.
"Continuamos as buscas em Mabi com oficiais das Forças de Autodefesa, verificamos cada casa para garantir que não há pessoas bloqueadas", afirmou uma fonte do governo regional de Okayama.
"Também oferecemos serviços de banho quente e distribuímos água. Sabemos que é uma batalha contra o tempo e fazemos todos os esforços possíveis", disse.
Na cidade de Kurashiki, de 483.000 habitantes, 8.900 casas estavam sem água corrente, um problema que afeta mais de 200.000 casas no oeste do país.
Nas áreas em que havia construções nas encostas das montanhas, os deslizamentos destruíram completamente as casas e alguns bairros foram completamente tomados pelo barro.
Em 72 horas foram registrados recordes pluviométricos em 118 pontos de observação de 15 municípios.
Mais de 70% do território japonês é formado por montanhas e colinas e muitas casas estão construídas em encostas íngremes ou em planícies suscetíveis a inundações, ou seja, zonas de risco.
Além disso, muitas casas japonesas são de madeira, especialmente as construções mais tradicionais nas zonas rurais.
O porta-voz do governo confirmou nesta quarta-feira as 179 mortes e advertiu que há várias pessoas desaparecidas na maior tragédia provocada por um fenômeno meteorológico no Japão desde 1982.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que cancelou uma viagem a vários países da Europa e do Oriente Médio, partiu de Tóquio na manhã desta quarta rumo à província de Okayama, uma das mais afetadas, ao lado de Hiroshima.
Mais de 10 mil pessoas que abandonaram suas casas permaneciam em refúgios no centro e oeste do Japão.
"Os 75.000 policiais, bombeiros, soldados das Forças de Autodefesa (nome do exército japonês) e da Guarda Costeira fazem o possível para ajudar os afetados, declarou o porta-voz do governo Yoshihide Suga.
As buscas e trabalhos de limpeza prosseguem sob um intenso sol, com temperaturas previstas de 35ºC.
Nas atuais circunstâncias os socorristas precisam "de uma grande vigilância" pelo risco de insolação e ondas de calor, assim como pela possibilidade de novos deslizamentos de terra, disse o porta-voz.
As fortes chuvas registradas entre sexta-feira e domingo provocaram grandes inundações, ondas de lama e muitos danos, que deixaram vários moradores bloqueados, apesar das ordens - não obrigatórias - e recomendações para que milhões de pessoas abandonassem suas casas.
No bairro Mabi de Kurashiki, a água começa a diminuir de nível, deixando uma camada de barro.
Se não fosse pela presença de placas em japonês, a cena seria similar a algo visto no Velho Oeste.
Socorristas percorriam as ruas cobertas de destroços arrastados pela corrente, enquanto os moradores começavam a limpar a região.
"Continuamos as buscas em Mabi com oficiais das Forças de Autodefesa, verificamos cada casa para garantir que não há pessoas bloqueadas", afirmou uma fonte do governo regional de Okayama.
"Também oferecemos serviços de banho quente e distribuímos água. Sabemos que é uma batalha contra o tempo e fazemos todos os esforços possíveis", disse.
Na cidade de Kurashiki, de 483.000 habitantes, 8.900 casas estavam sem água corrente, um problema que afeta mais de 200.000 casas no oeste do país.
Nas áreas em que havia construções nas encostas das montanhas, os deslizamentos destruíram completamente as casas e alguns bairros foram completamente tomados pelo barro.
Em 72 horas foram registrados recordes pluviométricos em 118 pontos de observação de 15 municípios.
Mais de 70% do território japonês é formado por montanhas e colinas e muitas casas estão construídas em encostas íngremes ou em planícies suscetíveis a inundações, ou seja, zonas de risco.
Além disso, muitas casas japonesas são de madeira, especialmente as construções mais tradicionais nas zonas rurais.
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