'"Genocídio' de rohingyas em Mianmar continua, diz missão da ONU
Nações Unidas, Estados Unidos, 25 Out 2018 (AFP) - O "genocídio" dos muçulmanos rohingyas em Mianmar continua, afirmou nesta quarta-feira um investigador da ONU, antes de apresentar um relatório sobre esta crise ao Conselho de Segurança.
"Trata-se de um genocídio em curso", declarou Marzuki Darusman, presidente da Missão da ONU de esclarecimento da situação em Mianmar.
Como afirmou em coletiva de imprensa, salvo os assassinatos, todas as outras características de um crime maciço (como discriminar uma população e jogá-la no ostracismo, impedir nascimentos, prender um grupo humano em campos de concentração) continuam estando presentes neste caso.
"A intenção genocida" contra esta minoria muçulmana "pode ser razoavelmente inferida", comentou no Conselho de Segurança.
Difundido publicamente em setembro, este relatório de 444 páginas, elaborado por uma equipe que não foi autorizada a entrar em Mianmar, contou com vários testemunhos de exilados rohingyas.
O relatório denuncia um "genocídio" e pede ao Conselho de Segurança que leve ao Tribunal Penal Internacional seis generais birmaneses, entre eles o comandante das Forças Armadas, Min Aung Hlaing. Também pede um embargo à venda de armas ao regime birmanês e outras sanções.
Segundo Darusman, desde o verão boreal de 2017 cerca de 10.000 rohingyas foram mortos, 390 de suas aldeias, destruídas, e mais de 720.000 pessoas abandonaram o estado de Rakhine para Bangladesh. "Não estão dadas as condições para um retorno seguro dos rohingyas a seu país", afirmou. Se esse retorno acontecesse hoje, eles estariam condenados a novos assassinatos, alertou.
O governo birmanês rejeita as acusações do relatório e questiona a independência da missão da ONU e sua composição.
A reunião do Conselho desta quarta-feira foi promovida pelos países ocidentais e rejeitada por Rússia e China.
"Trata-se de um genocídio em curso", declarou Marzuki Darusman, presidente da Missão da ONU de esclarecimento da situação em Mianmar.
Como afirmou em coletiva de imprensa, salvo os assassinatos, todas as outras características de um crime maciço (como discriminar uma população e jogá-la no ostracismo, impedir nascimentos, prender um grupo humano em campos de concentração) continuam estando presentes neste caso.
"A intenção genocida" contra esta minoria muçulmana "pode ser razoavelmente inferida", comentou no Conselho de Segurança.
Difundido publicamente em setembro, este relatório de 444 páginas, elaborado por uma equipe que não foi autorizada a entrar em Mianmar, contou com vários testemunhos de exilados rohingyas.
O relatório denuncia um "genocídio" e pede ao Conselho de Segurança que leve ao Tribunal Penal Internacional seis generais birmaneses, entre eles o comandante das Forças Armadas, Min Aung Hlaing. Também pede um embargo à venda de armas ao regime birmanês e outras sanções.
Segundo Darusman, desde o verão boreal de 2017 cerca de 10.000 rohingyas foram mortos, 390 de suas aldeias, destruídas, e mais de 720.000 pessoas abandonaram o estado de Rakhine para Bangladesh. "Não estão dadas as condições para um retorno seguro dos rohingyas a seu país", afirmou. Se esse retorno acontecesse hoje, eles estariam condenados a novos assassinatos, alertou.
O governo birmanês rejeita as acusações do relatório e questiona a independência da missão da ONU e sua composição.
A reunião do Conselho desta quarta-feira foi promovida pelos países ocidentais e rejeitada por Rússia e China.
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