Parentes denunciam tratamento desumano a opositores presos na Nicarágua
Manágua, 24 Out 2018 (AFP) - Os manifestantes que estão presos por participar dos protestos contra o governo de Daniel Ortega permanecem reclusos em celas escuras, insalubres, úmidas e expostos a doenças e insetos, denunciaram seus familiares nesta quarta-feira (24) na Nicarágua.
"Muitos estão sofrendo com diabetes, problemas de pressão arterial, infecções renais, gastrite, infecções na pele, fungos nos pés, ataques epilépticos, ansiedade, depressão e insônia", indicou o Comitê Pró-Liberdade de Presos Políticos em um comunicado lido em entrevista coletiva.
A declaração diz que também "foram documentados casos de aborto" por falta de atendimento médico na prisão.
O caso mais preocupante é o de Brenda Muñoz, manifestante de 45 anos que foi detida há mais de três meses sob acusações de "terrorismo", que sofre com fortes dores por conta de um câncer terminal.
"Quando está com uma crise por conta do câncer no pâncreas", as prisioneiras pedem ajuda e o médico "aparece 10 horas depois com acetaminofeno", disse à AFP Daniel Esquivel, marido de uma das detidas na prisão feminina "La Esperanza".
Recentemente, oito das 17 reclusas "políticas" neste recinto protestaram pintando os lábios de vermelho, um novo símbolo de rebeldia contra o governo e em represália aos oficiais que as deixaram duas horas sob um sol intenso.
Desde abril a Nicarágua enfrenta uma onda de manifestações que foram violentamente reprimidas, e que até agora deixaram ao menos 320 mortos, além de milhares de pessoas terem abandonado o país.
O comitê, que reúne parentes dos 558 manifestantes atualmente presos, disse que os opositores estão trancados em celas sem ventilação, sem luz e úmidas.
As autoridades só permitem visitas uma vez por mês, retiraram o seu direito às ligações e a ter uma hora de lazer, enquanto a comida que eles lhes dão é "insalubre", sustentou o comitê.
A entrada de alimentos na prisão também é limitada e quando levam medicamentos com receita não entregam às presas, acrescentaram.
Cerca de 18 presos políticos detidos em celas de segurança máxima conhecidas como "el infiernillo". Entre eles está Medardo Mairena, um dos líderes da opositora Aliança Cívica.
Lá "são atacados com grilhões, correntes com algemas ligando mãos, cintura e pés, o calor é insuportável e as condições de saúde são mais do que preocupantes", alertou o comitê.
"Para eles é a noite é igual ao dia, são celas escuras" onde entram "animais, formigas, escorpiões e todos os tipos de insetos" contou à AFP Brenda Gutierrez, cujo filho está detido em "el infiernillo".
"Muitos estão sofrendo com diabetes, problemas de pressão arterial, infecções renais, gastrite, infecções na pele, fungos nos pés, ataques epilépticos, ansiedade, depressão e insônia", indicou o Comitê Pró-Liberdade de Presos Políticos em um comunicado lido em entrevista coletiva.
A declaração diz que também "foram documentados casos de aborto" por falta de atendimento médico na prisão.
O caso mais preocupante é o de Brenda Muñoz, manifestante de 45 anos que foi detida há mais de três meses sob acusações de "terrorismo", que sofre com fortes dores por conta de um câncer terminal.
"Quando está com uma crise por conta do câncer no pâncreas", as prisioneiras pedem ajuda e o médico "aparece 10 horas depois com acetaminofeno", disse à AFP Daniel Esquivel, marido de uma das detidas na prisão feminina "La Esperanza".
Recentemente, oito das 17 reclusas "políticas" neste recinto protestaram pintando os lábios de vermelho, um novo símbolo de rebeldia contra o governo e em represália aos oficiais que as deixaram duas horas sob um sol intenso.
Desde abril a Nicarágua enfrenta uma onda de manifestações que foram violentamente reprimidas, e que até agora deixaram ao menos 320 mortos, além de milhares de pessoas terem abandonado o país.
O comitê, que reúne parentes dos 558 manifestantes atualmente presos, disse que os opositores estão trancados em celas sem ventilação, sem luz e úmidas.
As autoridades só permitem visitas uma vez por mês, retiraram o seu direito às ligações e a ter uma hora de lazer, enquanto a comida que eles lhes dão é "insalubre", sustentou o comitê.
A entrada de alimentos na prisão também é limitada e quando levam medicamentos com receita não entregam às presas, acrescentaram.
Cerca de 18 presos políticos detidos em celas de segurança máxima conhecidas como "el infiernillo". Entre eles está Medardo Mairena, um dos líderes da opositora Aliança Cívica.
Lá "são atacados com grilhões, correntes com algemas ligando mãos, cintura e pés, o calor é insuportável e as condições de saúde são mais do que preocupantes", alertou o comitê.
"Para eles é a noite é igual ao dia, são celas escuras" onde entram "animais, formigas, escorpiões e todos os tipos de insetos" contou à AFP Brenda Gutierrez, cujo filho está detido em "el infiernillo".
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