PGR se manifesta contra pedido da defesa de Braga Netto para revogar prisão

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou nesta sexta-feira (20) pela rejeição de um recurso da defesa do general Braga Netto, preso no último sábado (14), acusado de tentar interferir na investigação da tentativa de golpe de Estado em 2022.

O que aconteceu

Advogados pediram para a Justiça reconsiderar a prisão preventiva do general, mas PGR opinou contra. Para Gonet, as provas mostram que Braga Netto tentou "embaraçar a investigação" de maneira contínua. "Não há que se cogitar, portanto, de ausência de fundamentação para as hipóteses delitivas trazidas aos autos", escreveu na manifestação.

Recomendação da PGR ajuda a embasar decisão do STF. A decisão de aceitar ou não o recurso, ao fim, cabe ao relator do caso no Supremo, Alexandre de Moraes, que ainda não se manifestou.

Braga Netto foi indiciado por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa. Ele teria ajudado a coordenar uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, contou que Braga Netto recebeu dinheiro para execução de um plano que planejava matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Braga Netto está sendo mantido na 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro. Como general quatro estrelas, a patente mais alta da corporação, ele tem direito à chamada sala de Estado-Maior, com ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo.

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