Anos Temer: cronologia de um Brasil conturbado
Rio de Janeiro, 26 Out 2018 (AFP) - Michel Temer substituiu em 2016 a presidente Dilma Rousseff, destituída, assumindo o comando de um Brasil mergulhado na recessão, em escândalos de corrupção que acabaram por envolvê-lo e a violência que a cada ano deixa mais de 60 mil mortos.
- 2016 -
- 12 de maio: O vice-presidente Michel Temer, do PMDB (atual MDB, centro-direita), assume a presidência interinamente, após o Congresso aprovar a acusação de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), por manipulação das contas públicas. A queda de Dilma Rousseff põe fim a treze anos de poder do PT.
- 5 a 21 de agosto: Jogos Olímpicos do Rio.
- 31 de agosto: O Senado vota o impeachment definitivo de Dilma.
- 2 e 30 de outubro: o PT perde 60% de suas prefeituras nas eleições municipais.
- 19 de outubro: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que teve papel determinante no impeachment de Dilma, é preso em função da Operação Lava Jato, que desde 2014 investiga uma rede de propinas concentrada na Petrobras. É condenado a quase 40 anos de prisão em dois julgaments.
- 13 de dezembro: O Senado aprova o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, a primeira medida de austeridade do governo Temer para reconquistar a confiança dos investidores e tentar tirar o país de uma recessão histórica.
- 2017 -
- 14 de março: O procurador-geral Rodrigo Janot solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de 83 investigações contra políticos com base nas confissões de 77 executivos da construtora Odebrecht, dentro da Operação Lava Jato. O escândalo da Odebrecht se estenderá a uma dezena de países.
- 17 de maio: O jornal O Globo divulga uma gravação do gerente da gigante de alimentos JBS, Joesley Batista, na qual Temer é ouvido dando seu aparente endosso ao pagamento de propinas.
- 26 de junho: O promotor Janot denuncia a Temer por corrupção passiva. É a primeira vez que um presidente interino é denunciado por um crime comum. Em 14 de setembro, ele será denunciado novamente como o suposto chefe de uma "organização criminosa". A Câmara dos Deputados negará as solicitações do STF para investigar essas queixas.
- 12 de julho: O juiz Sergio Moro, da Lava Jato, condena o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-chefe de Estado pode apelar em liberdade.
- 2 de outubro: O Parlamento rejeita o indiciamento de Michel Temer, que escapa de um julgamento pelo Supremo Tribunal e salva seu mandato.
- 2018 -
- 24 de janeiro: o TRF4, de Porto Alegre, confirma a sentença de Lula e a aumenta para 12 anos e um mês de prisão.
- 16 de fevereiro: Temer decreta a intervenção militar da área de segurança do Estado do Rio de Janeiro, dominada pela violência.
- 1º de março: O instituto de estatísticas do IBGE anuncia que o PIB brasileiro cresceu 1% em 2017, após dois anos de recessão.
- 14 de março: A vereadora do Rio Marielle Franco, crítica da violência policial nas favelas, é executada a balas junto a seu motorista Anderson Gomes.
- 7 de abril: Depois de receber ordem de prisão da PF e passar dois dias entrincheirado no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em São Paulo, Lula se entrega e começa a pagar em Curitiba sua sentença de 12 anos e um mês de prisão.
- 21 a 31 de maio: uma greve dos caminhoneiros contra o aumento do diesel paralisa o país.
- 10 de junho: Com uma aprovação de 3% (Datafolha), Temer bate seus próprios recordes de impopularidade.
- 2 de setembro: Um incêndio destrói o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o maior de história natural e antropológico da América Latina.
- 1º de setembro: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) invalida a candidatura de Lula, que liderava as pesquisas para eleições de 7 de outubro.
- 6 de setembro: O candidato de extrema direita Jair Bolsonaro, que lidera as intenções de voto na ausência de Lula, é esfaqueado durante um comício em Minas Gerais.
- 11 de setembro: O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad substitui Lula como candidato do PT.
- 29 de setembro: Centenas de milhares de mulheres se manifestam na maioria dos estados brasileiros contra Bolsonaro, ao grito de "Ele Não".
- 30 de setembro: Manifestações de bolsonaristas nas principais cidades do país.
- 7 de outubro: Jair Bolsonaro vence o primeiro turno com 46% dos votos. Disputará o segundo turno, neste domingo (28), contra Fernando Haddad (29%).
js/rsr/cn/mr
PETROBRAS - PETROLEO BRASILEIRO
JBS SA
- 2016 -
- 12 de maio: O vice-presidente Michel Temer, do PMDB (atual MDB, centro-direita), assume a presidência interinamente, após o Congresso aprovar a acusação de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), por manipulação das contas públicas. A queda de Dilma Rousseff põe fim a treze anos de poder do PT.
- 5 a 21 de agosto: Jogos Olímpicos do Rio.
- 31 de agosto: O Senado vota o impeachment definitivo de Dilma.
- 2 e 30 de outubro: o PT perde 60% de suas prefeituras nas eleições municipais.
- 19 de outubro: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que teve papel determinante no impeachment de Dilma, é preso em função da Operação Lava Jato, que desde 2014 investiga uma rede de propinas concentrada na Petrobras. É condenado a quase 40 anos de prisão em dois julgaments.
- 13 de dezembro: O Senado aprova o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, a primeira medida de austeridade do governo Temer para reconquistar a confiança dos investidores e tentar tirar o país de uma recessão histórica.
- 2017 -
- 14 de março: O procurador-geral Rodrigo Janot solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de 83 investigações contra políticos com base nas confissões de 77 executivos da construtora Odebrecht, dentro da Operação Lava Jato. O escândalo da Odebrecht se estenderá a uma dezena de países.
- 17 de maio: O jornal O Globo divulga uma gravação do gerente da gigante de alimentos JBS, Joesley Batista, na qual Temer é ouvido dando seu aparente endosso ao pagamento de propinas.
- 26 de junho: O promotor Janot denuncia a Temer por corrupção passiva. É a primeira vez que um presidente interino é denunciado por um crime comum. Em 14 de setembro, ele será denunciado novamente como o suposto chefe de uma "organização criminosa". A Câmara dos Deputados negará as solicitações do STF para investigar essas queixas.
- 12 de julho: O juiz Sergio Moro, da Lava Jato, condena o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-chefe de Estado pode apelar em liberdade.
- 2 de outubro: O Parlamento rejeita o indiciamento de Michel Temer, que escapa de um julgamento pelo Supremo Tribunal e salva seu mandato.
- 2018 -
- 24 de janeiro: o TRF4, de Porto Alegre, confirma a sentença de Lula e a aumenta para 12 anos e um mês de prisão.
- 16 de fevereiro: Temer decreta a intervenção militar da área de segurança do Estado do Rio de Janeiro, dominada pela violência.
- 1º de março: O instituto de estatísticas do IBGE anuncia que o PIB brasileiro cresceu 1% em 2017, após dois anos de recessão.
- 14 de março: A vereadora do Rio Marielle Franco, crítica da violência policial nas favelas, é executada a balas junto a seu motorista Anderson Gomes.
- 7 de abril: Depois de receber ordem de prisão da PF e passar dois dias entrincheirado no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em São Paulo, Lula se entrega e começa a pagar em Curitiba sua sentença de 12 anos e um mês de prisão.
- 21 a 31 de maio: uma greve dos caminhoneiros contra o aumento do diesel paralisa o país.
- 10 de junho: Com uma aprovação de 3% (Datafolha), Temer bate seus próprios recordes de impopularidade.
- 2 de setembro: Um incêndio destrói o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o maior de história natural e antropológico da América Latina.
- 1º de setembro: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) invalida a candidatura de Lula, que liderava as pesquisas para eleições de 7 de outubro.
- 6 de setembro: O candidato de extrema direita Jair Bolsonaro, que lidera as intenções de voto na ausência de Lula, é esfaqueado durante um comício em Minas Gerais.
- 11 de setembro: O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad substitui Lula como candidato do PT.
- 29 de setembro: Centenas de milhares de mulheres se manifestam na maioria dos estados brasileiros contra Bolsonaro, ao grito de "Ele Não".
- 30 de setembro: Manifestações de bolsonaristas nas principais cidades do país.
- 7 de outubro: Jair Bolsonaro vence o primeiro turno com 46% dos votos. Disputará o segundo turno, neste domingo (28), contra Fernando Haddad (29%).
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PETROBRAS - PETROLEO BRASILEIRO
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