Para apoiadores de Bolsonaro, 'o povo indignado falou'
Rio de Janeiro, 29 Out 2018 (AFP) - Centenas de milhares de pessoas explodiram de alegria neste domingo (28) nas ruas de várias cidades brasileiras com a vitória do candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), nas eleições presidenciais.
Em frente ao condomínio onde mora o capitão do Exército na reserva na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, abraços, gritos de emoção e alegria se misturaram ao espocar dos fogos de artifício.
"Não tenho nada a temer de um governo de um ex-militar. Este país precisa de ordem, e pior não pode ficar, com tanta corrupção e insegurança", exclamou, à beira das lágrimas, a professora aposentada Jaz Lima, 60 anos.
Gritos de alegria deram lugar a insultos ao Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-10) e do candidato derrotado, Fernando Haddad.
Um boneco inflável com a imagem de Lula vestindo uma roupa de presidiário foi erguido pela multidão, evocando os graves escândalos de corrupção que envolveram seu partido e muitos outros do espectro político.
Um dos pontos altos da campanha de Bolsonaro, que venceu estas históricas eleições filiado ao PSL, um minúsculo partido, e armado com as redes sociais, é sua promessa de combater com firmeza a corrupção e as elevadas cifras de violência, que em 2017 resultaram em mais de 63 mil mortes.
"Aqui está este povo indignado, inconformado com a corrupção e a insegurança, acompanhando Bolsonaro. Este povo falou. É a primeira vez em que me sinto representado", disse André Luiz Lobo, um empresário negro de 38 anos.
A ascensão deste nostálgico da ditadura militar (1964-1985), partidário da flexibilização do porte de armas e de proteger juridicamente os policiais no exercício de sua atividade fizeram surgir temores na população sobre a possibilidade de violação dos direitos humanos.
Seu gesto de simular uma pistola com o dedo polegar e o indicador virou um símbolo e era repetido neste domingo por seus simpatizantes.
"Violência é o que nós passamos", exclamou Eraldo Sá, um policial militar reformado que há um ano foi assaltado, ao lado da esposa e da filha, "com três fuzis".
Sá, de 66 anos, definiu "o regime militar, não a ditadura", como um "grande momento" para o Brasil. "Quem tem medo desse período quer a desordem", concluiu.
"Livres da Venezuela e Cuba"Envolto na bandeira do Brasil, Daniel Reunieri, um advogado de 43 anos, saiu para comemorar a vitória na Avenida Paulista, a principal via de São Paulo, sob um forte esquema de segurança.
"Bolsonaro está virando a página da corrupção no Brasil", disse Reunieri à AFP.
Um helicóptero sobrevoava o local, enquanto fogos de artifício iluminavam os céus. Bolsonaristas aplaudiam a passagem de homens da Polícia Militar.
Vestindo camisetas pretas estampadas com o rosto de Bolsonaro, o casal Ariani e Luis Machado, com a filha de três anos, esperam que o militar faça "o Brasil de novo uma grande nação", ao estilo da promessa feita antes de chegar à Casa Branca o presidente americano, Donald Trump, de quem o capitão se diz admirador.
Ao seu lado, enquanto agitava uma bandeira verde e amarela, a médica Sheila Sani, de 58 anos, exclama: "o Brasil está livre do comunismo, do comunismo da Venezuela e de Cuba".
Bolsonaro, militar da reserva de 63 anos, conseguiu capitalizar a decepção e a raiva da população, abalada por anos de recessão e estagnação, e exausta de escândalos de corrupção.
A festa resultou em confusão entre apoiadores de Bolsonaro e Haddad no Rio de Janeiro e em Salvador, onde uma mulher ficou ferida sem gravidade.
Em frente ao condomínio onde mora o capitão do Exército na reserva na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, abraços, gritos de emoção e alegria se misturaram ao espocar dos fogos de artifício.
"Não tenho nada a temer de um governo de um ex-militar. Este país precisa de ordem, e pior não pode ficar, com tanta corrupção e insegurança", exclamou, à beira das lágrimas, a professora aposentada Jaz Lima, 60 anos.
Gritos de alegria deram lugar a insultos ao Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-10) e do candidato derrotado, Fernando Haddad.
Um boneco inflável com a imagem de Lula vestindo uma roupa de presidiário foi erguido pela multidão, evocando os graves escândalos de corrupção que envolveram seu partido e muitos outros do espectro político.
Um dos pontos altos da campanha de Bolsonaro, que venceu estas históricas eleições filiado ao PSL, um minúsculo partido, e armado com as redes sociais, é sua promessa de combater com firmeza a corrupção e as elevadas cifras de violência, que em 2017 resultaram em mais de 63 mil mortes.
"Aqui está este povo indignado, inconformado com a corrupção e a insegurança, acompanhando Bolsonaro. Este povo falou. É a primeira vez em que me sinto representado", disse André Luiz Lobo, um empresário negro de 38 anos.
A ascensão deste nostálgico da ditadura militar (1964-1985), partidário da flexibilização do porte de armas e de proteger juridicamente os policiais no exercício de sua atividade fizeram surgir temores na população sobre a possibilidade de violação dos direitos humanos.
Seu gesto de simular uma pistola com o dedo polegar e o indicador virou um símbolo e era repetido neste domingo por seus simpatizantes.
"Violência é o que nós passamos", exclamou Eraldo Sá, um policial militar reformado que há um ano foi assaltado, ao lado da esposa e da filha, "com três fuzis".
Sá, de 66 anos, definiu "o regime militar, não a ditadura", como um "grande momento" para o Brasil. "Quem tem medo desse período quer a desordem", concluiu.
"Livres da Venezuela e Cuba"Envolto na bandeira do Brasil, Daniel Reunieri, um advogado de 43 anos, saiu para comemorar a vitória na Avenida Paulista, a principal via de São Paulo, sob um forte esquema de segurança.
"Bolsonaro está virando a página da corrupção no Brasil", disse Reunieri à AFP.
Um helicóptero sobrevoava o local, enquanto fogos de artifício iluminavam os céus. Bolsonaristas aplaudiam a passagem de homens da Polícia Militar.
Vestindo camisetas pretas estampadas com o rosto de Bolsonaro, o casal Ariani e Luis Machado, com a filha de três anos, esperam que o militar faça "o Brasil de novo uma grande nação", ao estilo da promessa feita antes de chegar à Casa Branca o presidente americano, Donald Trump, de quem o capitão se diz admirador.
Ao seu lado, enquanto agitava uma bandeira verde e amarela, a médica Sheila Sani, de 58 anos, exclama: "o Brasil está livre do comunismo, do comunismo da Venezuela e de Cuba".
Bolsonaro, militar da reserva de 63 anos, conseguiu capitalizar a decepção e a raiva da população, abalada por anos de recessão e estagnação, e exausta de escândalos de corrupção.
A festa resultou em confusão entre apoiadores de Bolsonaro e Haddad no Rio de Janeiro e em Salvador, onde uma mulher ficou ferida sem gravidade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.