Caravanas de salvadorenhos chegam à Guatemala em seu caminho aos EUA
San Salvador, 1 Nov 2018 (AFP) - Ao menos 2.000 salvadorenhos, entre adultos, jovens e crianças, chegaram nesta quarta-feira (31) à Guatemala em duas caravanas de migrantes em sua longa travessia a pé até os Estados Unidos, fugindo da violência das gangues e do desemprego.
Antes do amanhecer, com casacos, água e mochilas, a primeira caravana de 1.000 pessoas deixou a Praça El Salvador do Mundo (oeste), onde muitos haviam pernoitado, constataram jornalistas da AFP.
Uma segunda caravana, com outras 1.000 pessoas, partiu ao longo da manhã para a fronteira entre El Salvador e Guatemala.
A primeira caravana chegou até a fronteira em San Cristobál e a segunda até La Hachadura. Alguns salvadorenhos sem documentos em dia não conseguiram passar, mas o restante conseguiu avançar sem dificuldades.
"Estamos indo porque aqui há muita pobreza e crime", declarou María Cortez, de 36 anos, que viaja junto com seu marido, Jonás, e cinco filhos de entre 19 e três anos.
Demonstrando o poder de convocação das redes sociais, as caravanas saíram em um momento no qual milhares de hondurenhos atravessam o México em direção aos Estados Unidos, e outros grupos de centro-americanos tentam entrar em território mexicano.
O presidente americano, Donald Trump, repudiou os movimentos migratórios e ordenou militarizar a fronteira com o México para impedir a sua entrada enquanto ordenava o corte da ajuda para Guatemala, Honduras e El Salvador por não impedirem a saída dos migrantes.
Os migrantes receberam de igrejas e algumas organizações civis biscoitos, bebidas hidratantes e uma ou outra ração de alimentos. Pela manhã, caminhavam debaixo de sol à espera que o motorista de algum caminhão lhes oferecesse transporte para avançar.
Antes de deixar San Salvador, uma equipe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) entregou a eles um mapa com os abrigos disponíveis na chamada rota do migrante no território mexicano.
Além disso, o Unicef deu algumas recomendações para se protegerem no caminho e o que fazer caso sejam detidos no México.
Outra caravana, de 534 salvadorenhos, segundo registros das autoridades, saiu no domingo buscando repetir os passos dos hondurenhos que partiram em 13 de outubro de San Pedro Sula.
Esse grupo passou na tarde de segunda-feira sem inconvenientes pela fronteira da Guatemala com o México.
Para a encarregada de Assuntos Migratórios do Instituto de Direitos Humanos da jesuíta Universidade Centro-americana (IDHUCA), Karen Sánchez, o país está diante de uma "migração forçada" sem precedentes.
"As pessoas não têm mais oportunidades de viver com direito à segurança, ao trabalho, ou seja, com direito a uma vida digna", sustentou.
Para Sánchez, depois de décadas de governos de direita e quase uma década de governos de esquerda, o Estado tem sido "incapaz" de reconhecer que existe "um deslocamento forçado" da população.
Sánchez adverte que se o Estado salvadorenho não der uma "resposta imediata" às necessidades da população, haverá mais caravanas de "migração irregular em massa".
Antes do amanhecer, com casacos, água e mochilas, a primeira caravana de 1.000 pessoas deixou a Praça El Salvador do Mundo (oeste), onde muitos haviam pernoitado, constataram jornalistas da AFP.
Uma segunda caravana, com outras 1.000 pessoas, partiu ao longo da manhã para a fronteira entre El Salvador e Guatemala.
A primeira caravana chegou até a fronteira em San Cristobál e a segunda até La Hachadura. Alguns salvadorenhos sem documentos em dia não conseguiram passar, mas o restante conseguiu avançar sem dificuldades.
"Estamos indo porque aqui há muita pobreza e crime", declarou María Cortez, de 36 anos, que viaja junto com seu marido, Jonás, e cinco filhos de entre 19 e três anos.
Demonstrando o poder de convocação das redes sociais, as caravanas saíram em um momento no qual milhares de hondurenhos atravessam o México em direção aos Estados Unidos, e outros grupos de centro-americanos tentam entrar em território mexicano.
O presidente americano, Donald Trump, repudiou os movimentos migratórios e ordenou militarizar a fronteira com o México para impedir a sua entrada enquanto ordenava o corte da ajuda para Guatemala, Honduras e El Salvador por não impedirem a saída dos migrantes.
Os migrantes receberam de igrejas e algumas organizações civis biscoitos, bebidas hidratantes e uma ou outra ração de alimentos. Pela manhã, caminhavam debaixo de sol à espera que o motorista de algum caminhão lhes oferecesse transporte para avançar.
Antes de deixar San Salvador, uma equipe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) entregou a eles um mapa com os abrigos disponíveis na chamada rota do migrante no território mexicano.
Além disso, o Unicef deu algumas recomendações para se protegerem no caminho e o que fazer caso sejam detidos no México.
Outra caravana, de 534 salvadorenhos, segundo registros das autoridades, saiu no domingo buscando repetir os passos dos hondurenhos que partiram em 13 de outubro de San Pedro Sula.
Esse grupo passou na tarde de segunda-feira sem inconvenientes pela fronteira da Guatemala com o México.
Para a encarregada de Assuntos Migratórios do Instituto de Direitos Humanos da jesuíta Universidade Centro-americana (IDHUCA), Karen Sánchez, o país está diante de uma "migração forçada" sem precedentes.
"As pessoas não têm mais oportunidades de viver com direito à segurança, ao trabalho, ou seja, com direito a uma vida digna", sustentou.
Para Sánchez, depois de décadas de governos de direita e quase uma década de governos de esquerda, o Estado tem sido "incapaz" de reconhecer que existe "um deslocamento forçado" da população.
Sánchez adverte que se o Estado salvadorenho não der uma "resposta imediata" às necessidades da população, haverá mais caravanas de "migração irregular em massa".
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