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Espanha desmantela rede que obrigava trans brasileiros a se prostituir

Altar de santeria encontrado em apartamento usado por rede de tráfico sexual na Espanha - Handout/Polícia Nacional Espanhola/AFP
Altar de santeria encontrado em apartamento usado por rede de tráfico sexual na Espanha Imagem: Handout/Polícia Nacional Espanhola/AFP

Em Madri

31/10/2018 10h17

A polícia espanhola anunciou nesta quarta-feira (31) que resgatou quinze jovens transexuais do Brasil obrigados a se prostituir por meio de uma rede de tráfico sexual, que os agredia e coagia com magia negra.

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A operação resultou na prisão em várias cidades de treze supostos membros da rede, bem como apreensões em apartamentos em Murcia (no sudeste da Espanha) de objetos relacionados com magia negra e santeria, "crenças muito profundas entre as vítimas brasileiras" e usada para coagi-las, informou a polícia em um comunicado.

O "grupo criminoso era liderado por uma pessoa de nacionalidade brasileira, que da Espanha, e ajudada por alguns colaboradores, capturava no Brasil jovens em situação econômica precária", afirmou a polícia.

"Mais tarde, eram levados para a Espanha sob falsos pretextos para acabar se prostituindo em um apartamento pertencente ao principal investigado, localizado no centro da capital de Múrcia", acrescentou.

Segundo o órgão de segurança, a rede os obrigava a consumir e vender drogas e "às vezes ficavam presos nos quartos impedindo-os de sair e eram submetidos a contínuas ameaças graves e até mesmo a agressões físicas".

A investigação começou quando uma das vítimas fez uma denúncia em uma delegacia de polícia em Múrcia.

Os treze presos têm entre 19 e 60 anos e são de nacionalidade brasileira, colombiana, peruana, romena e espanhola.

Quatro foram presos e os outros foram libertados sob fiança, enquanto a investigação continua.