Keiko Fujimori é detida no Peru por caso Odebrecht
A justiça peruana decretou nesta quarta-feira (31) a prisão preventiva, por 36 meses, da líder opositora Keiko Fujimori, acusada de receber dinheiro ilegal do grupo Odebrecht.
Keiko, 43, saiu presa do tribunal, após abraçar seu marido, Mark Vito Villanella, entre lágrimas. A líder opositora foi levada por vários agentes da polícia, constatou a AFP no local.
Ao acatar o pedido de prisão do procurador anticorrupção, o juiz Richard Concepción Carhuancho declarou que existe a "suspeita grave" de que Keiko dirigia uma "organização criminosa de fato que surgiu dentro do partido" fujimorista.
Segundo o juiz, tal organização lavava dinheiro de origem ilícita e diante do "alto risco de fuga" de Keiko Fujimori, "a única medida necessária em seu caso é, sem dúvida, a prisão preventiva".
A preventiva foi solicitada pelo procurador José Domingo Pérez, que acusa Keiko de receber 1,2 milhão de dólares entregues de forma ilegal pela Odebrecht para sua campanha eleitoral de 2011.
"O juízo deste gabinete é que existe suspeita grave" de que Keiko lavou dinheiro, disse Carhuancho, a quem a líder opositora acusa de estar em coluio com o procurador Pérez.
A advogada Giuliana Loza declarou que apelará da decisão no prazo legal de três dias.
Em meados de outubro, Keiko esteve detida por uma semana, de forma "preliminar", pelo mesmo caso, do mesmo modo que seus colaboradores Pier Figari e Ana Herz.
O juiz Carhuancho destacou em sua decisão que o Tribunal Constitucional fixou "um padrão muito mais exigente" para a prisão preventiva quando, em junho passado, libertou o ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016) e sua mulher, Nadine.
Até a detenção de Keiko, os Humala eram os únicos políticos peruanos presos - durante nove meses - pelo caso Odebrecht no Peru.
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