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EUA revelaram acidentalmente investigação secreta contra Assange, diz Wikileaks

Ben Stansall/ AFP
Imagem: Ben Stansall/ AFP

Em Washington

16/11/2018 06h20

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, responsável por um gigantesco vazamento de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos em 2010, foi indiciado neste país, informou a organização.

Promotores revelaram de modo inadvertido a existência da acusação, classificada como secreta, em um processo judicial não relacionado, afirmou o WikiLeaks.

A natureza precisa das acusações contra Assange não foi divulgada.

"Furo: o Departamento de Justiça 'acidentalmente' revelou a existência de acusações confidenciais (ou um rascunho para elas) contra o editor do WikiLeaks Julian Assange em um aparente erro de 'copiar e colar' em um caso não relacionado", escreveu o WikiLeaks no Twitter.

As acusações ainda fechadas contra Assange foram reveladas pela promotora adjunta Kellen Dwyer no momento em que arquivava um caso separado e pedia a um juiz para manter o arquivo como confidencial.

Mas, por erro, a promotora mencionou Assange ao invés do arquivo em questão, provavelmente ao "colar" o parágrafo de outro.

Ela escreveu que "devido à sofisticação do acusado e da publicidade ao redor do caso,é improvável que outro procedimento possa manter confidencial o fato de que Assange foi acusado" informou o jornal The Washington Post.

Em seguida, Dwyer escreveu que o indiciamento deve "permanecer confidencial até que Assange seja preso".

A imprensa americana foi alertada no fim da noite de quinta-feira sobre a revelação involuntária graças a um tuite de Seamus Hugues, vice-diretor do Programa de Extremismo da Universidade George Washington.

Hugues é conhecido por monitorar os arquivos judiciais.