Em 10 dias, 125 mulheres foram estupradas ou espancadas no Sudão do Sul
Nairóbi, 30 Nov 2018 (AFP) - Nos últimos 10 dias, 125 mulheres e crianças sul-sudanesas foram estupradas quando tentavam conseguir comida fornecida por organizações humanitárias internacionais nos arredores de Bentiu (norte), anunciou a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).
"Um grande número de mulheres e crianças chegou ao hospital do MSF em Bentiu na última semana depois de terem sobrevivido a terríveis violências sexuais", declarou Ruth Okello, uma parteira que trabalha no MSF no Sudão do Sul.
"Algumas são meninas com menos de 10 anos e outras são mulheres de mais de 65 anos. Nem as mulheres grávidas se livraram desses ataques brutais", acrescentou em um comunicado da ONG.
A MSF não pôde determinar quem havia cometido esses ataques, ocorridos entre 19 e 29 de novembro.
A maioria foi atacada quando tentava chegar aos centros de ajuda alimentar de urgência e obter as rações fornecidas pelas agências humanitárias internacionais, detalhou a MSF.
Em alguns casos, as vítimas foram estupradas, em outros, "açoitadas", ou foram "espancadas com bastões ou coronhadas". Também tomaram seus poucos bens, como suas roupas, sapatos, dinheiro e cartilhas de alimentação.
"Atendemos 104 sobreviventes de violências sexuais e sexistas nos 10 primeiros meses deste ano, e apenas na última semana ajudamos 125", assinalou Okello.
O Sudão do Sul entrou em guerra civil em dezembro de 2013 em Juba, quando o presidente Salva Kiir, da etnia dinka, acusou Riek Machar, seu ex-vice-presidente, da etnia nuer, de preparar um golpe de Estado.
O conflito, marcado por atrocidades de caráter étnico e estupros como arma de guerra, deixou mais de 380.000 mortos segundo um recente estudo, e obrigou um terço da população a fugir.
"Um grande número de mulheres e crianças chegou ao hospital do MSF em Bentiu na última semana depois de terem sobrevivido a terríveis violências sexuais", declarou Ruth Okello, uma parteira que trabalha no MSF no Sudão do Sul.
"Algumas são meninas com menos de 10 anos e outras são mulheres de mais de 65 anos. Nem as mulheres grávidas se livraram desses ataques brutais", acrescentou em um comunicado da ONG.
A MSF não pôde determinar quem havia cometido esses ataques, ocorridos entre 19 e 29 de novembro.
A maioria foi atacada quando tentava chegar aos centros de ajuda alimentar de urgência e obter as rações fornecidas pelas agências humanitárias internacionais, detalhou a MSF.
Em alguns casos, as vítimas foram estupradas, em outros, "açoitadas", ou foram "espancadas com bastões ou coronhadas". Também tomaram seus poucos bens, como suas roupas, sapatos, dinheiro e cartilhas de alimentação.
"Atendemos 104 sobreviventes de violências sexuais e sexistas nos 10 primeiros meses deste ano, e apenas na última semana ajudamos 125", assinalou Okello.
O Sudão do Sul entrou em guerra civil em dezembro de 2013 em Juba, quando o presidente Salva Kiir, da etnia dinka, acusou Riek Machar, seu ex-vice-presidente, da etnia nuer, de preparar um golpe de Estado.
O conflito, marcado por atrocidades de caráter étnico e estupros como arma de guerra, deixou mais de 380.000 mortos segundo um recente estudo, e obrigou um terço da população a fugir.
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