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Cruz Vermelha alerta para risco 'crescente' de armas nucleares e defende proibição total

Teste de míssil norte-coreano em novembro de 2017; alcance do programa nuclear do país é alvo de grande especulação - KCNA
Teste de míssil norte-coreano em novembro de 2017; alcance do programa nuclear do país é alvo de grande especulação Imagem: KCNA

08/02/2019 13h52

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) fez um chamado, nesta sexta-feira (8), defendendo uma proibição total das armas nucleares, e alertou para o risco crescente desses artefatos voltarem a ser utilizados, com efeitos devastadores.

Em uma iniciativa conjunta, o CICV e a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho lançaram uma campanha global sobre o risco nuclear na atualidade.

As duas entidades emitiram uma declaração na qual alertam que potências nucleares estão se afastando de suas "velhas obrigações sobre o desarmamento nuclear" e estão "atualizando seus arsenais, desenvolvendo novas armas atômicas e tornando seu uso mais fácil".

A campanha foi lançada após Estados Unidos e Rússia abandonarem um tratado essencial sobre o controle de armas nucleares.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou recentemente que seu governo começou formalmente o processo de retirada do acordo, em uma complexa série de passos que será concluída em seis meses.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, inicialmente tentou convencer Trump a se manter no acordo, mas acabou anunciando a saída de Moscou do tratado, e adiantou que seu país começaria a trabalhar no desenvolvimento de novas armas.

Na nota, as organizações da Cruz Vermelha indicam que "depois do desaparecimento das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki por armas nucleares, o risco de que esses artefatos voltem a ser usados está crescendo".