Estado da Geórgia terá as leis antiaborto mais duras dos EUA
Miami, 30 Mar 2019 (AFP) - O governador do estado da Geórgia assinará uma lei que proíbe aborto a partir do momento que for detectado um batimento cardíaco do feto, o que acontece por volta da sexta semana de gestação. A nova legislação, conhecida como "heartbeat bill" ("lei da batida do coração"), foi aprovada nesta sexta-feira pelos legisladores estaduais.
O governador Brian Kemp disse que assinará a medida, apesar de ativistas dos direitos das mulheres e celebridades de Hollywood prometerem combate-la.
"A Geórgia valoriza a vida. Defendemos os inocentes e falamos por aqueles que não podem falar por si mesmos", escreveu Kemp num comunicado, felicitando os legisladores.
Diante da nova lei, a maior organização de defesa dos direitos humanos do país, ACLU, anunciou ações.
"Se o governador Kemp assinar este projeto de proibição do aborto e o convertê-lo em lei, a ACLU tem uma mensagem para ele: Nos veremos no tribunal", disse Andrea Young, diretora-executiva da ACLU na Geórgia.
Somente neste ano 13 estados americanos estudam ou já aprovaram versões do "heartbill bill".
Mesmo que estas leis sejam bloqueadas nos tribunais, o objetivo dos políticos que defendem essa nova legislação é chegar à Suprema Corte para reverter o direito ao aborto a nível nacional, segundo a maior organização de defesa dos direitos de reprodução, Planned Parenthood.
"Os políticos que se opõem à cobertura de saúde para as mulheres estão adiantando uma estratégia para proibir o aborto em nível nacional", segundo um comunicado da ONG emitido nesta semana.
Caso a lei seja assinada, vários atores prometeram não participar de produções que sejam realizadas no estado, um dos importantes polos de cinema e televisão dos EUA. Entre as celebridades que assinaram um abaixo-assinado contra a nova legislação estão Alyssa Milano, Alec Baldwin, Amy Schumer, Ben Stiller, Sarah Silverman e Mia Farrow.
lm/mps/lca
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