Migrantes protestam por melhores condições de vida na ilha grega de Lesbos
Moria, Grécia, 1 Out 2019 (AFP) - Quase 400 migrantes, principalmente mulheres e crianças, manifestaram-se nesta terça-feira na ilha de Lesbos contra suas condições de vida no acampamento superlotado de Moria, informou a polícia grega.
Os migrantes, incluindo vários idosos, deixaram o acampamento para o porto de Mitilene carregando uma maca coberta com uma mortalha para simbolizar as vítimas do incêndio que deixou 17 feridos no domingo, disse o porta-voz da polícia grega, Theodoros Chronopoulos.
Os migrantes pedem para deixar a ilha e reivindicam melhores condições de vida.
Ao mesmo tempo, uma delegação da ONG Oxfam France fez uma visita a um olival próximo ao acampamento de Moria, onde há uma área de tendas e cabanas improvisadas onde vivem as pessoas que esperam entrar no acampamento oficial.
"É pior do que eu imaginava", disse Cécile Duflot, diretora da Oxfam France. "As condições são piores do que se pode imaginar em países com mais dificuldades que a Grécia. Mais de 40% das pessoas que vivem aqui são crianças. E elas crescem nessas condições dramáticas", disse a um jornalista da AFP.
Com a chegada nas últimas semanas de inúmeros migrantes da Turquia, o acampamento de Moria está completamente saturado. Abriga quase 13.000 migrantes para uma capacidade de 3.000.
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