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Monarca árabe há mais tempo no poder, sultão de Omã morre aos 79 anos

Foto de arquivo do sultão Qaboos bin Said al-Said, do Omã, morto aos 79 anos em 10 de janeiro de 2020 - Andrew Caballero-Reynolds/Pool via REUTERS/Foto de arquivo
Foto de arquivo do sultão Qaboos bin Said al-Said, do Omã, morto aos 79 anos em 10 de janeiro de 2020 Imagem: Andrew Caballero-Reynolds/Pool via REUTERS/Foto de arquivo

10/01/2020 23h39

Mascate, 11 Jan 2020 (AFP) - O sultão Qaboos ibn Said Al Said, que exercia o poder de Omã desde 1970, morreu na noite desta sexta-feira, aos 79 anos, informou a agência oficial de notícias do país.

"Com tristeza (...) a corte do sultanato está de luto (...). Nosso sultão Qabus bin Said (...) foi chamado por Deus nesta sexta-feira", comunicou a agência.

Este ano, Qabus cumpriria meio século no trono de Omã, e era o monarca árabe há mais tempo no poder.

A morte de Qabus abre uma enorme interrogação sobre sua sucessão, já que o sultão não teve filhos ou irmãos. De acordo com a constituição de Omã, a família real deverá determinar o sucessor de Qabus no prazo de três dias.

A pessoa escolhida deverá pertencer à família real, e ser um "muçulmano, maduro, racional e filho legítimo de pais muçulmanos de Omã".

Observadores locais avaliam que ao menos 80 integrantes da família de Qabus têm este perfil, mas o favorito é Assad bin Tariq, 65 anos, que em 2017 foi designado pelo sultão vice-ministro de Relações Exteriores e assuntos de Cooperação.

Qabus chegou ao poder em 1970, quando liderou um golpe de estado contra seu próprio pai, o sultão Said bin Taimur, e buscou transformar o sultanato, até o momento completamente fechado ao mundo e submetido a um rígido controle religioso.

Nas últimas décadas, Qabus se projetou como um hábil negociador na região, a ponto de facilitar diálogos sobre o acordo envolvendo o programa nuclear do Irã, e ao mesmo tempo manter sua posição no Conselho de Cooperação do Golfo, de forte influência saudita.