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Biden 'trava' ao falar de gastos com saúde em debate contra Trump; vídeo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "travou" ao falar sobre investimentos em saúde durante o debate contra Donald Trump, transmitido na quinta-feira (27) pela CNN.

O que aconteceu

Biden parece ter perdido o raciocínio após ser questionado sobre a dívida pública. Presidente demonstrou confusão e disse que queria "garantir que sejamos capazes de tornar cada pessoa elegível para o que eu pude lidar". E completa: "A covid... Desculpe, lidar com tudo o que temos que fazer com... E se finalmente vencermos o Medicare [sistema de planos de saúde gerido pelo governo americano]".

No Partido Democrata, há o receio de que sua performance possa afundá-lo nas pesquisas. Atual presidente teve participação marcada pela voz rouca, uma gagueira persistente e frases confusas.

Mídia e analistas americanos avaliam que Biden 'perdeu' o debate. O democrata deixou uma imagem oposta à mostrada por Trump, que adotou um tom claro e enérgico, e desapontou até mesmo seus apoiadores. "A atuação de Biden foi decepcionante, não há outra forma de dizer isso", admitiu Kate Bedingfield, ex-diretora de comunicação da Casa Branca durante os primeiros anos do governo democrata.

Performance ligou um alerta em alas do Partido Democrata. Alguns aliados temem que o desempenho do presidente possa afundá-lo nas pesquisas eleitorais e já começam a falar em uma possível substituição. "Estamos ferrados", disse à ANSA um integrante do partido, sob a condição de anonimato.

Como foi o debate

Biden, 81, e Trump, 78, não apertaram as mãos ao se dirigirem aos pódios. Não havia público ao vivo e os microfones eram desligados enquanto o outro falava — regras acordadas pelos dois lados.

Aborto e imigração foram alguns dos temas centrais do debate. O republicano disse que, se eleito, não proibirá o acesso a medicamentos para interrupção voluntária da gravidez, enquanto o democrata apoiou a reinclusão do direito ao aborto na Constituição. Quando falaram sobre imigração, os dois se atacaram: enquanto Trump insinuou que alguns estrangeiros fossem criminosos e terroristas, Biden acusou seu antecessor de separar famílias, colocando-as em "jaulas".

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Candidatos também falaram sobre as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio. Biden afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é um "criminoso de guerra", e Trump repetiu a tese de que, se os EUA tivessem um presidente "respeitado", a guerra não aconteceria. Ambos demonstraram apoio a Israel na guerra contra o Hamas, embora o democrata tenha reforçado a necessidade de se "tomar cuidado" com as armas utilizadas em áreas mais populosas.

(Com AFP e ANSA)

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