Autoridade chinesa admite que resposta lenta agravou epidemia
Pequim, 31 Jan 2020 (AFP) - O atraso por parte do governo da cidade chinesa de Wuhan na resposta à descoberta do novo coronavírus agravou a epidemia - reconheceu nesta sexta-feira (31) o secretário municipal do Partido Comunista para Wuhan, Ma Guoqiang.
Esta localidade é o epicentro da atual crise.
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Mais de 210 pessoas morreram, e quase 10 mil foram infectadas na China pelo novo coronavírus. Além disso, novos casos foram descobertos no exterior, com mais de 20 países afetados pela doença até o momento.
Nas redes sociais, as autoridades de Wuhan foram duramente criticadas pela população por sua demora em agir. Também foram acusadas de segurarem a informação sobre a infecção até o fim do ano passado, apesar de terem conhecimento da nova doença semanas antes.
"Agora, estou em estado de culpa, remorso e autorrecriminação", afirmou Ma Guoqiang.
"Se as rígidas medidas de controle tivessem sido adotadas mais cedo, o resultado teria sido melhor do que agora", admitiu ele, em entrevista à emissora de televisão estadual CCTV.
Wuhan e cidades próximas na província de Hubei foram isoladas em 23 de janeiro, com restrições de transporte e de circulação que afetam 56 milhões de pessoas.
Segundo Ma, medidas restritivas deveriam ter sido adotadas pelo menos dez dias antes.
"Acho que, se tivéssemos tomadas medidas como essa na época, a epidemia teria sido, de alguma forma, amenizada, e não teríamos chegado à situação atual", completou.
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