Síria registra nível recorde de fome, alertam ONGs
Beirute, 29 Jun 2020 (AFP) - A fome afeta um número recorde de sírios e pode piorar, alertaram ONGs nesta segunda-feira, por ocasião de uma conferência para arrecadar ajuda convocada para amanhã em Bruxelas pela ONU e União Europeia.
Mais de nove anos depois do início da guerra, os combates perderam intensidade, mas a emergência persiste, em um país onde os campos de refugiados internos são abundantes e milhões de pessoas dependem de ajuda humanitária.
"Atualmente, 9,3 milhões de sírios vão dormir de barriga vazia e mais 2 milhões correm o mesmo risco", adverte um comunicado divulgado por ONGs internacionais. O número de sírios que enfrentam a insegurança alimentar aumentou 42% desde o ano passado, aponta o texto, assinado, entre outros, por Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC), Oxfam, Care e Mercy Corps.
"Os sírios que sofreram praticamente uma década de guerra e deslocamentos enfrentam, agora, um nível de fome sem precedentes, motivo pelo qual a ajuda internacional é mais necessária do que nunca", assinala o texto. "A menos que aumentem o financiamento e acesso humanitário, muitos sírios, principalmente refugiados na região, também irão se encontrar à beira da fome."
Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira, o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, afirmou que "os níveis atuais de ajuda através das fronteiras estão longe de serem suficientes. O noroeste segue sofrendo uma grande crise humanitária e as operações entre as fronteiras devem se intensificar."
O conflito sírio, iniciado em 2011, já causou mais de 380 mil mortes e o deslocamento de cerca da metade da população anterior à guerra.
jmm-prh/tgg/on/af/mb/lb
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