Príncipe Andrew se diz 'perplexo' por apelos para cooperar no caso Jeffrey Epstein
O príncipe Andrew, terceiro filho da rainha Elizabeth II da Inglaterra, está "perplexo" diante dos apelos para que coopere na investigação sobre Jeffrey Epstein, após a detenção da ex-namorada do financista americano - disse uma fonte próxima ao príncipe.
O duque de York, de 60 anos, amigo do falecido Jeffrey Epstein, está de novo sob os holofotes, depois que Gishlaine Maxwell foi detida nos Estados Unidos, ontem.
Esta ex-colaboradora e ex-namorada de Epstein foi indiciada por tráfico de menores, acusada de ter recrutado garotas, vítimas de abusos sexuais cometidos pelo financista nova-iorquino.
A promotora de Nova York Audrey Strauss informou ontem que os investigadores ainda esperam poder interrogar o príncipe Andrew, caído em desgraça com este caso.
"Adoraríamos que o príncipe Andrew viesse conversar conosco. Gostaríamos de contar com seu testemunho", afirmou, acrescentando que a investigação segue em curso.
"A equipe do duque está perplexa, levando-se em conta que nos comunicamos duas vezes com o Departamento de Justiça (DoJ) no mês passado e, até hoje, não tivemos qualquer resposta", disse uma fonte próxima a Andrew à agência Press Association.
No mês passado, o procurador-geral de Manhattan, Geoffrey Berman, então encarregado da investigação, acusou o príncipe de aparentar cooperação.
Os advogados do duque de York asseguraram, porém, que seu cliente se propôs três vezes a testemunhar. Uma fonte real classificou as declarações de Berman como "francamente confusas".
Em documentos judiciais publicados em agosto de 2019, Virginia Roberts afirmava ter tido relações sexuais com o príncipe Andrew, forçada por Epstein, quando tinha 17 anos.
O duque de York sempre negou estas acusações, mas a publicação de uma foto de Virginia Roberts, à época, abraçada com o príncipe alimentou esses rumores. Outra imagem, do príncipe passeando por Nova York junto com Epstein quando este já havia sido condenado e preso por recorrer à prostituição em 2008, reforçou a suspeita.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, declarou nesta sexta que as autoridades americanas não entraram em contato com seu governo para pedir que ele facilite sua investigação, ou que ajude a marcar uma reunião com o príncipe.
"Não houve esse pedido. Este é um assunto que diz respeito à família real", disse Johnson à rádio LBC.
"Se for feito (...) então será um assunto do governo britânico", disse ele, acrescentando que "é claro que a lei deve ser aplicada, e a lei deve ser obedecida".
pau/pz/bc/es/tt
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.