Pandemia pode aumentar a desigualdade entre homens e mulheres, alerta o FMI
Washington, 21 Jul 2020 (AFP) - A pandemia da COVID-19 pode comprometer os progressos alcançados pelas mulheres nas últimas três décadas para reduzir a desigualdade econômica em relação aos homens, destacou a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) no site da entidade, nesta terça-feira (21).
A crise de saúde, que gerará uma contração do PIB global de 4,9%, afeta mais as mulheres do que os homens, já que estas ocupam mais empregos nos setores mais atingidos, como indústria de serviços, comércio varejista ou a hotelaria.
Nos Estados Unidos, cerca de 54% das mulheres trabalham em setores nos quais o trabalho remoto não é uma possibilidade e no Brasil essa porcentagem chega a 67%.
O FMI observou que as mulheres também são prejudicadas pela a tendência de realizar mais trabalhos domésticos não remunerados. Em média, cerca de 2,7 horas por dia.
"Elas assumem essencialmente as responsabilidades familiares que derivam do confinamento, por exemplo o fechamento das escolas", destacou o FMI.
E uma vez que a economia reabre, a situação não melhora já que os especialistas alertaram que é mais difícil para as mulheres encontrar trabalho em período integral.
O FMI destacou que é crucial que as autoridades "adotem medidas para limitar os efeitos adversos da pandemia para as mulheres".
Neste sentido, a entidade elogiou a Coalizão Latino-americana para Empoderar as Mulheres, criada em abril a pedido da vice-presidência da Colômbia e Costa Rica e da Cepal.
Também celebrou as medidas adotadas na Áustria, Itália, Portugal e Eslovênia para conceder licença remunerada, embora parcial, aos pais com filhos menores de uma certa idade e também destacou uma iniciativa da França de dar permissão aos pais afetados pelo fechamento das escolas.
an/gm/aa/jc
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.