UE denuncia eleição em Belarus e ameaça responsáveis com sanções
Bruxelas, 11 Ago 2020 (AFP) - A União Europeia denunciou nesta terça-feira (11) que a eleição presidencial de domingo em Belarus não foi "nem livre nem justa" e ameaçou impor sanções aos responsáveis da violência, em uma declaração aprovada pelos 27 membros.
"As eleições não foram nem livres e nem justas", garantiu os 27 membros em um comunicado. O povo de Belarus "merece" algo melhor, afirmou.
Os 27 membros da UE denunciaram a "violência desproporcional e inaceitável das autoridades do Estado" e exigem o fim da repressão e a "liberação imediata e sem condições de todas as pessoas detidas".
Após assegurar que passarão por "um exaustivo teste" das relações da UE com Belarus, serão consideradas a imposição de novas sanções.
"Poderão tratar, entre outros, a adoção de medidas contra os responsáveis da violência observada, prisões injustificadas e a falsificação dos resultados da eleição", anuncia o comunicado.
A opositora Svetlana Tijanóvskaya tem contestado a vitória proclamada de Alexandre Loukashenko e se vê obrigada a refugiar-se na Lituânia.
A UE insistiu que os dirigentes políticos bielorrussos "empreendam um diálogo verdadeiro e inclusivo com a sociedade no sentido amplo para evitar novas violências".
O porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou nesta terça-feira que a evolução da situação no país é "muito séria".
A situação em Belarus estará na agenda da reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE, entre 27 e 28 de agosto em Berlim.
csg/mad/fjb/af/mb/gf
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